quinta-feira, 25 de outubro de 2012


quarta-feira, 24 de outubro de 2012

O nome certo de cada coisa


O ex-procurador-geral da República Antonio Fernando de Souza fez um serviço para a democracia brasileira quando concluiu o inquérito do mensalão, entregue ao Supremo Tribunal Federal em março de 2006, ocasião em que ainda ocupava o cargo. Além dessa louvável contribuição para o nosso país, Souza deu um toque precioso para dar fim à linguagem do juridiquês que sempre foi a marca dos documentos que tramitam em nossos tribunais. O juridiquês é aquela língua obscura praticada por
 advogados, que torna impenetráveis processos, ações, petições e tantos papéis escritos que dão forma ao universo jurídico. Essa fala, muitas vezes permeada de um latinório pernóstico, é parecida com a linguagem rebuscada e imprecisa de outros setores, tal como acontece na economia, onde se impõe muitas vezes o economês como barreira para impedir o acesso do leitor a assuntos que mexem até com o pão que precisamos comer.

Quando li a apresentação do inquérito do mensalão assim que o material foi divulgado em 2006 logo vi que havia ali um estilo que contribuiria muito para dar um foco mais claro sobre os efeitos da corrupção no país. Veja no link o material na íntegra. Este documento histórico da nossa República é relativamente curto (136 páginas) e de uma facilidade de leitura que o torna um dos textos mais apreciáveis dos últimos tempos. Eu mesmo já o reli muitas vezes, até para não deixar brechas para chicanas jurídicas tramadas por quadrilheiros.

O linguajar simplificado que se viu nesses dias entre alguns juízes do Supremo Tribunal Federal que trataram de forma direta os crimes arquitetados contra a democracia, entre outras coisas chamando pelo nome certo de delinquentes os dirigentes nacionais do PT que compraram votos de deputados, tudo isso está na apresentação escrita por Fernando de Souza e entregue ao STF em 2006.O documento apresentado pelo então procurador-geral trouxe também uma afirmação que abriu espaço para jornalistas independentes se referirem com clareza ao papel do ex- ministro José Dirceu da Casa Civil de Lula, presidente da República enquanto o mensalão era posto em prática. O deputado cassado que foi parceiro de Lula antes até da fundação do PT já era definido por Fernando de Souza como o chefe da quadrilha do mensalão. Aquilo liberou o uso da palavra que define bem seu papel. Havia sempre a obrigação do uso das aspas para evitar que bancas de advogados muito bem pagos armassem processos que serviam de cala-bocas. Mas de qualquer forma isso permitia passar ao leitor o que estavam fazendo contra o país. Com a condenação caem as aspas, permitindo que o quadrilheiro que foi capitão da equipe de Lula seja citado como tal. Naquela época Fernando de Souza já fazia a denúncia da conspiração que a cúpula do PT tramou contra a democracia brasileira. Está muito bem definido na escrita direta do procurador o sentido político do trabalho sujo dos delinquentes: a perenização do PT no poder.Por ser um processo da mais alta instância jurídica do país, certamente a apresentação do inquérito do mensalão teve uma influência sobre grande parte do Ministério Público em todo o país. Eu mesmo peguei em mãos processos posteriores de procuradores estaduais que já vinham com linguagem mais aberta, narrando em linguagem comum os crimes contra o patrimônio público.A partir da análise do inquérito da Procuradoria-Geral da República, alguns ministros do STF deixaram de lado o juridiquês para falar em linguagem popular sobre a corrupção. Os assaltantes dos cofres públicos deixaram de ser tratados em razão de seus cargos ou do poder que ainda detém no governo federal. A começar pelo relator do processo, Joaquim Barbosa, quadrilheiros deixaram de aparecer na linguagem do tribunal como se fossem excelências, numa confusão que muitas vezes dava a impressão de estarem em nível parecido aos ministros da nossa mais alta Corte.Com o julgamento do mensalão o STF trouxe uma importante transformação de linguagem aos brasileiros. Tiraram as aspas do tratamento dado ao crime cometido por políticos. E isso não deixa de ser uma vitória para a igualdade. Afinal, quem rouba tem que ser chamado de ladrão em qualquer situação.


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POR José Pires

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Imagem: Capa do inquérito do mensalão. Distribuímos este material em praça pública em Londrina logo que ele foi entregue ao STF, em 2006. Como se vê pela arte que fiz na época, para evitar processos de bancas de advogados muito bem pagos, até na peça do procurador coloquei aspas por prudência.

sábado, 20 de outubro de 2012


Negócios do comunismo

Grande capa da revista alemã Der Spiegel, com o líder comunista chinês Mao Tsé-tung como um magnata endinheirado. A edição traz uma reportagem sobre o clima de morte e corrupção, que não é novidade no regime chinês, mas que ficou bem destacado com os acontecimentos recentes que levaram à prisão de um alto dirigente do Partido Comunista. O caso envolve também sexo e o assassinato de um estrangeiro.

Bo Xilai é o dirigente que caiu em desgraça depois de sua mulher ter sido acusada da morte de um britânico. Os três tinham boas relações e o assassinato aconteceu após divergências financeiras. Bo Xilai já foi expulso do poliburo do PC chinês, sua mais alta instância, o que encerra uma carreira brilhante no partido. Atualmente o PC chinês vive uma de suas lutas políticas importantes, que sempre ocorrem na véspera de um grande congresso. O partido vai renovar sua direção, quando uma nova geração de políticos chegará ao poder. Bo Xilai era um desses novos líderes para os próximos dez anos.

O que vem acontecendo na China é o desfecho prático de uma teoria política anunciada como a redentora do mundo e que resultou em crimes horrorosos e no estabelecimento de ditaduras que não conseguiram nem resultados econômicos apreciáveis. A China é o último país comunista de peso, mas hoje vive um sistema híbrido em que busca resultados capitalistas usando como base o domínio marxista da população como um meio político.

Seu crescimento econômico é baseado num sistema que chega a ser escravista, de salários baixíssimos e poucos direitos trabalhistas ou de liberdade de expressão dos trabalhadores e de qualquer outro setor. O lema embaixo do retrato de Karl Marx é “trabalha e não bufa”. Grandes projetos de desenvolvimento são tocados sem a possibilidade de debate algum. Isso já deu em mortandades de milhões de pessoas, inclusive por falta do que comer. O país também está destruído ecologicamente, com regiões inteiras sem água e com a natureza destruída por planos econômicos que esgotaram os recursos naturais.

O que o velho Marx iria achar disso? Sua teoria serve como base da mais violenta espoliação de direito dos trabalhadores. A opressão da classe pobre na Inglaterra do século 18 era fichinha perto do fazem hoje os marxistas chineses. Uma lembrança que me veio ao ver esta capa é que já entre o final dos anos 70 e os anos 80 ela seria tachada pela esquerda como calúnia do capitalismo internacional. Foi dessa forma que naquela época eramos impedidos de aceitar o óbvio caráter destrutivo dos direitos humanos que foi instalado pelo comunismo em vários países. Por isso esta idéia ultrapassada durou tanto tempo no Brasil, de uma forma tal que até hoje ainda tem quem a defenda. Mas o mundo girou bastante desde então e surgiram revelações de muitos outros crimes sustentados pela teoria marxista, além dos tantos que já eram conhecidos naquele tempo. A capa da Der Spiegel é um retrato perfeito do comunismo.
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POR José Pires

sexta-feira, 12 de outubro de 2012


terça-feira, 9 de outubro de 2012

O corrupto ativo do mensalão

José Dirceu foi condenado hoje pelo Supremo Tribunal Federal por corrupção ativa. Junto com Delúbio Soares, Dirceu foi condenado por comprar apoio ao governo Lula no esquema do mensalão.

A imagem é um recorte do site do Estadão de domingo, quando Dirceu foi votar no final do dia para evitar a criação de um fato político que prejudicasse os petistas candidatos nas eleições municipais. Ele estava protegido por seguranças e militantes do PT que impediram com socos, cotoveladas e empurrões a aproximação dos jornalistas.

Também no domingo, o advogado de Delúblio Soares disse que "jornalista bom é jornalista morto". O advogado é filiado ao PT em Goiânia. Com a má repercussão da frase, ele tentou consertar depois dizendo que era uma "brincadeira". Eu chamaria isso de outra coisa: ato falho. Parece a expressão verbal de um forte sentimento dos petistas em relação à imprensa.
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POR José Pires

Aliança com o PT faz mal para malufista

O vereador Wadih Mutran (PP) pode ter sido vítima do acordo entre Paulo Maluf e Lula em torno da candidatura de Fernando Haddad para a prefeitura de São Paulo. Mutran é um aliado histórico de Maluf e um veterano ganhador de eleição para vereador. Está há 29 anos na Câmara, mas exatamente neste ano em que o PP de Maluf e o PT de Lula se juntaram ele acabou não sendo eleito.

Pode-se até pensar em coincidência, mas acontece que o próprio Mutran parece ter detectado de imediato a rejeição que poderia haver em seu eleitorado ao acordo com o partido que antes do beija-mão de Lula com Maluf tratava os malufistas de ladrão pra baixo. Logo que foram divulgadas as fotos que mostravam malufistas e petistas festejando a aliança no jardim da mansão de Maluf, o vereador distribuiu uma nota alegando que a coligação era uma decisão de seu líder Paulo Maluf e que “como vereador e membro do partido há tantos anos” cabia a ele acatar. A nota foi publicada também em seu site político. Veja na imagem.

É claro que Wadih Mutran percebeu o risco que sua carreira corria com a possível rejeição de seus eleitores ao acordo feito entre Lula e Maluf, mas não adiantou a explicação que deu depois que saiu nas fotos junto com os petistas. Ele perdeu a eleição. Até para seus eleitores malufistas a coligação com o PT foi além do limite da imoralidade.
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POR José Pires

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

O mito Lula se desfaz


Os petistas tentarão amenizar as perdas eleitorais que sofreram em todo o país e para isso vão usar a vasta rede de que dispõem na internet, mas as derrotas do partido têm um grave peso simbólico que deve afetar a imagem que eles vêm tentando impor até agora. O partido perdeu em locais onde foi forte o dedaço dos caciques chefiados pelo ex-presidente Lula. O que aconteceu nestas eleições de primeiro turno já exercem um peso definitivo na quebra de um mito no qual os petistas se escoram até agora: o mito da figura do ex-presidente Lula como influência decisiva junto ao eleitorado.

Em lugares onde Lula meteu seu dedaço inclusive passando por cima de lideranças políticas essenciais na formação do PT o resultado foi um fiasco. E é claro que em cada lugar que as pesquisas deram o prenúncio do desastre que viria nas urnas Lula se comportou como sempre, abandonado ligeiro os companheiros. Foi o que fez com Humberto Costa, em Recife. O senador petista virou candidato do partido por imposição de uma birra de Lula, que expulsou da disputa o atual prefeito recifense petista. E o PT perdeu no primeiro turno.

O chefão do PT teve a mesma atitude com seu amigo Patrus Ananias, abandonado logo que começou a cair nas pesquisas e que acabou sofrendo derrota acachapante na disputa da prefeitura de Belo Horizonte.

Na própria São Paulo, onde Lula fez acordo até com Paulo Maluf e chutou a candidata natural Marta Suplicy para colocar Fernando Haddad em seu lugar, a batalha contra José Serra vai ser dura. Mesmo usando a máquina do Governo Federal para rearrumar a seu gosto o quadro eleitoral paulistano e comandando uma das mais caras campanhas municipais da nossa história política, o petista viu seu candidato ir para o segundo turno atrás do tucano. E agora na capital paulista, numa mera eleição municipal, Lula corre o risco de perder de vez todo seu cacife de líder político que chega e resolve tudo.

Mas neste domingo Lula e seus companheiros tiveram pelo menos uma boa notícia: na Venezuela o PT ganhou a eleição.
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POR José Pires

sexta-feira, 5 de outubro de 2012

Um estilo que o PT não esperava


Um dia ainda vamos saber a causa de ter dado errado o plano do PT em relação ao julgamento do mensalão pelo Supremo Tribunal Federal. Os petistas vinham tranquilos até meses atrás quando afinal os juízes do STF resolveram encarar o processo. O melhor termômetro para notar que algo estava sendo arranjado para que pelo menos os maiorais não fossem condenados era o comportamento do ex-presidente Lula. Ele não demonstrava nenhuma preocupação. E o Lula só fica desse jeito quando o mundo está girando a seu favor. Do contrário ele fica azedo, deixa de falar com a imprensa, some do noticiário por semanas. E dizem que faz o cotidiano de seus subalternos virar um inferno, já que na intimidade ele não é essa doçura da propaganda. E Lula estava animado até os juízes começarem a se debruçar sobre o processo. Era todo prosa até mesmo quando um jornalista trazia o mensalão para a conversa.

Outro que demonstrou que os petistas tinham razões de sobra para serem otimistas quanto ao andamento do processo foi Delúbio Soares, o ex-tesoureiro do PT. No final de 2005 ele chegou a dizer que o caso acabaria virando “piada de salão”. Apesar de transitar entre os graúdos do partido e ter um papel expressivo no esquema, Delúbio não faz parte da chefia. A razão de sua tranquilidade só podia ter por base o que ele deve ter ouvido nas altas rodas do partido e do governo.

Mas no STF o mensalão não está com cara de piada de salão. Então vem batendo o desespero nos petistas. Hoje Gilberto Carvalho, da Secretaria-Geral da Presidência e que estava ao lado de Lula e José Dirceu quando o esquema foi descoberto, confessou que está de coração partido. Ao pedido dos jornalistas para que comentasse a situação complicada de José Dirceu ele respondeu: “A dor me impede de falar, neste momento, desta questão”.

Carvalho estava na abertura da exposição das obras do italiano Michelangelo Merisi Caravaggio, em Brasília. Caravaggio é um pintor do século XVI e início do XVII que ficou conhecido por colocar a verdade acima da beleza e foi bastante criticado pelos acadêmicos da época por procurar incorporar o gesto verdadeiro na pintura, em oposição às encenações que eram mais bem vistas pelas autoridades religiosas. Foi até censurado por isso, mas no final seu pensamento acabou prevalecendo e até contribuindo para a formação do que hoje é a Igreja Católica.

É claro que aqui já estou indo para uma interpretação pessoal. Não tenho dados para saber se Gilberto Carvalho conhece algo de Caravaggio. Ele podia estar na inauguração da exposição por mera formalidade. E apesar de ser um ex-seminarista, pode ser que ele não tenha prestado maior atenção a este grande pintor religioso. E Carvalho também não me parece um sujeito a quem a verdade emocione de maneira honesta.

Mas podemos relacionar a dor que ele sente à obra deste pintor do qual se conta que era um grande atrevido também em sua vida pessoal. Os petistas esperavam um STF que viesse com um formalismo que disfarça com rituais e maneirismos a falta de vigor para encarar a vida de forma realística e trazendo o mesmo padrão clássico que nunca toca com vigor verdadeiro nos atos humanos. O PT não estava preparado para uma Corte que neste julgamento do mensalão está mais para um Caravaggio.
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POR José Pires


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Imagem: Na impressionante tela de Caravaggio (pintada em 1600), São Tomé mete o dedo nas chagas de Cristo para crer que ele de fato ressuscitou.


quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Mensaleiro pra debaixo do tapete

Depois do julgamento no Supremo Tribunal Federal, o deputado João Paulo Cunha tem que ser mantido escondido. Com a condenação por corrupção e peculato no processo do mensalão, Cunha teve que renunciar à candidatura de prefeito de Osasco e nem pode ser citado na campanha. Para o PT ele não existe mais. Ontem em comício na cidade Lula e altos dirigentes do PT nacional não falaram nem sequer uma vez o nome do companheiro que caiu em desgraça. E isso quando Lula fez o discurso mais longo em comícios até agora. Isso é coisa que se faz com um companheiro como o mensaleiro, que antes era comparado geneticamente até ao Che Guevara?

Isso mesmo: Che Guevara. Uma propaganda no site de campanha para prefeito de Osasco antes de Cunha renunciar afirmava que os dois tinham o mesmo dna político. É claro que já tiraram todo o material, mas como andei acompanhando a campanha em Osasco antes do resultado do julgamento, fiz uma limpa no site e guardei as propagandas. Mostrarei depois o “Che” do PT que agora tem que ficar quietinho no porão.

Tenho também esta propaganda com Lula e Dilma mandando o osasquense votar em João Paulo Cunha, o candidato que ia “fazer mais por você”. Hoje desmoralizado e a um passo do xilindró, o ex-candidato Cunha nem pode ser citado em palanque. Vejam só o que Lula ia fazer por Osasco.
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POR José Pires


A doce recompensa de Reinaldo Azevedo



A vida de quem passa bastante tempo lidando criticamente com as tretas petistas também pode ter seu lado doce. Os belos cupcakes da imagem foram o presente de uma leitora ao jornalista Reinaldo Azevedo, que lançou ontem em São Paulo o livro “O País dos Petralhas II – O inimigo agora é o mesmo”. A notícia é amarga para os petistas, mas o livro está vendendo que nem pão quente. Mais de 500 pessoas passaram pela livraria Cultura, localizada na Avenida Paulista. A fila de leitores buscando um autógrafo era de dar a volta no quarteirão. O livro já está na lista dos mais vendidos de várias publicações.

O sucesso de Reinaldo Azevedo é merecido, sendo fruto de trabalho feito com empenho e inteligência. Pode-se até não gostar de sua opinião, mas é impossível desconsiderar a qualidade do que ele faz. Isso nem os petistas conseguem, mesmo com toda a conhecida má-fé que eles costumam usar no ataque aos adversários. Foram os petistas, por sinal, que deram origem ao neologismo do título do livro, que Reinaldo também usa o tempo todo para se referir a eles. Foi de outra quadrilha de safados, a dos Irmãos Metralhas, de Walt Disney, que o jornalista tirou a palavra “petralha”, que para desespero dos petistas já está incorporada à nossa fala cotidiana.

O delicado agrado da leitora que mandou para a livraria os docinhos feitos à semelhança da capa do livro do Reinaldo é também sintomático do respeito que hoje ele tem junto a um público que é atraído por suas análises inteligentes, feitas num texto muito bem estruturado e que permite uma leitura fluente. Resumindo: o cara escreve bem paca, na linha dos grandes textos do jornalismo brasileiro que comunicam de forma clara, porém sem abdicar da qualidade da análise e do conteúdo.

O jornalista vem fazendo o blog de maior sucesso da internet brasileira, com uma audiência imensa e qualificada. Hoje seu blog, que é publicado no site da revista Veja, tornou-se uma referência no debate sobre uma variedade de assuntos importantes da atualidade. E não é só de petralhas que ele fala. É espantosa sua capacidade de escrever sobre uma porção de assuntos, sempre com inteligência, originalidade e trazendo muita informação.

Sua capacidade de produção é admirável. Ele renova o conteúdo durante todo o dia, depois de oferecer ao leitor um monte de textos na madrugada. Um inimigo poderia dizer até que ele só faz isso, mas de vez em quando aparecem no blog suas 'Reinaldas", para mostrar que Reinaldo também tira um tempo para se dedicar ao mulherio que tem na família. Mesmo que forçado, de vez em quando um intelectual tem que ir à praia.

Reinaldo escreve bastante e faz isso muito bem. Com isso, virou o centro das atenções tanto da oposição ao governo quanto da militância petista, principalmente os que são pagos para falar bem de tudo que o PT faz e atacar todos que buscam exercer um ponto de vista crítico sobre o que acontece no país e no mundo. São os petralhas, que fazem parte desse seu segundo livro com a compilação do melhor que escreveu nos últimos meses. E melhor, no caso do Reinaldo Azevedo, é porque é bom mesmo.
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POR José Pires