quinta-feira, 5 de março de 2015

Extrapolando a piada

Em meio aos vazamentos dos depoimentos de delação premiada da Operação Lava-Jato apareceu uma revelação até curiosa sobre o senador Renan Calheiros, dizendo que os pagamentos feitos a ele furaram o teto de 3% estabelecido pela quadrilha como limite dos repasses a políticos. Quem disse isso foi o ex-diretor de Abastecimento da Petrobrás Paulo Roberto Costa, preso durante as investigações. Não foi nada ético da parte de Renan esse comportamento com os companheiros de corrupção. Levou bem mais que os colegas. Sabe-se que este limite foi imposto pelo PT. Pela condição de deter a presidência da República, os companheiros sentiam-se "legitimados"a ficar com 3% da rapina na estatal e dar entre 2% e 1 % aos demais aliados.


É até engraçada a relação desse fato com um cartum que publiquei há algumas semanas aqui. Não se trata do velho chavão da vida imitando a arte, nada disso. Fiz a piada como observação de um comportamento comum dos políticos brasileiros, principalmente em períodos como este, de escândalos aparecendo todo tempo. É quando cínicos tentam surfar na onda de indignação popular. Às vezes a atitude de alguns hipócritas pode até ser confundida como posição ética ou ao menos de reprovação às indecências, mas é melhor ter bastante atenção com as informações. Tem político que aparece muito bravo no noticiário apenas por desavenças com a distribuição da propina. Estou republicando o cartum, mas deixo esclarecido que não vou cobrar direito autoral de Renan Calheiros e de nenhum dos outros pelo uso da obra.
......................

POR José Pires

Nenhum comentário: