sábado, 16 de janeiro de 2021

Bolsonaro pego na mentira pelo Twitter

Já que o Ministério da Saúde não avisa, o Twitter fez o serviço: o presidente Jair Bolsonaro é um mentiroso. Nesta sexta-feira, o Twitter sinalizou uma publicação em que Bolsonaro novamente recomenda tratamento e remédios sem comprovação científica contra a Covid-19.

Como se sabe, Bolsonaro usa este recurso mentiroso desde que começou a pandemia do coronavírus, que na sua opinião não iria passar de mil mortes — já causou mais de 200 mil, isso em registros oficiais, que são números defasados. O pior presidente da nossa história já chegou a oferecer hidroxicloroquina até para as emas do gramado da residência oficial da Presidência da República.

Nesta mensagem sinalizada pelo Twitter, o presidente usa um vídeo de Alexandre Garcia, profissional antigo, que neste governo vem reprisando a época em que foi assessor de imprensa de João Batista Figueiredo, o último presidente da ditadura militar. Garcia foi demitido pelo general em 1980, depois de posar pelado em uma banheira, para uma foto publicada na revista Ele e Ela.

Bolsonaro, seu ministro da Saúde e um punhado de jornalistas chapas-brancas não tomam vergonha nem com os acontecimentos dramáticos da contaminação progressiva pelo país afora e de pelo menos um milhar de mortes todos os dias, causadas por um vírus que não para de causar surpresas, em transformações que aumentam o perigo.

É um vírus mortal que ainda exige estudo e pesquisa para sua melhor compreensão, mas sobre o qual já se sabe com certeza que não pode ser combatido com as mentiras perigosas desse governo incompetente e de uma crueldade que nunca se viu em nossa história, incapaz de respeitar e até de se compadecer com o sofrimento dos brasileiros.

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POR‌ ‌José‌ ‌Pires‌

 

Veja aqui a publicação de Bolsonaro sinalizada pelo Twitter



O negacionismo e a incapacidade de Bolsonaro vai fechando portas para o Brasil

O Reino Unido proibiu voos do Brasil por causa da “variante brasileira” do coronavírus. A decisão foi divulgada na tarde desta quinta-feira. A restrição atinge até Portugal, por causa de “suas fortes ligações com o Brasil”, conforme explicou o ministro britânico dos Transportes, Grant Shapps. 

Ou seja, em tempos de pandemia, com a irresponsabilidade criminosa do governo brasileiro é prejudicial ser uma nação amiga do nosso país. Imaginem como ficam as relações externas do Brasil. 

E como a prevenção contra o contágio virou uma confusão nacional, em meio às sabotagens do próprio presidente, que está criando dificuldades enormes até para a imunização, provavelmente 2021 será mais um ano perdido. É o terceiro ano fracassado do mandato do pior presidente da história brasileira. 

O desastre que assola uma nação inteira vai tendo continuidade, sem que sejam tomadas medidas para tirar democraticamente este incompetente do poder.

A suspensão de viagens entre Brasil e o Reino Unido atinge também as relações comerciais, que agora terá a exigência de “permissão especial”. É provável que outros países também imponham restrições parecidas ao Brasil.

E por que não fariam o mesmo que o Reino Unido? Coloque-se no lugar deles, tendo que se relacionar com um país que tem no comando um negacionista como Jair Bolsonaro, que não tem empatia nem com o sofrimento de seu povo. Haja medidas sanitárias e restrições para lidar com um lugar como este.

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POR‌ ‌José‌ ‌Pires‌


quinta-feira, 14 de janeiro de 2021

O Brasil de Jair Bolsonaro em confinamento global

O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, disse que o governo vai procurar impedir que uma variante do novo coronavírus encontrada no Brasil penetre no Reino Unido. A variante apontada por Johnson foi encontrada no estado do Amazonas e identificada no Japão em viajantes que passaram pela região brasileira. A nova cepa foi confirmada pelo escritório da Fiocruz na Amazônia.

As palavras do primeiro-ministro britânico: “Estamos preocupados com a nova variante brasileira e estamos tomando providências. Acho que é justo dizer que ainda temos muitas dúvidas sobre essa variante”.

Boris Johnson é um pioneiro na chamada pós-verdade, que de verdade não tem nada. É um amontoado de mentiras, com um impulso forte no espalhamento da ideia do uso de fake news como instrumento eficiente para ganhar debates e alcançar o poder. Foi desse modo que Johnson e seu grupo levaram a melhor no plebiscito do Brexit, decisão política desastrosa que eliminou o Reino Unido da União Européia.

Johnson é de direita, mas pelo menos quanto à sua posição no enfrentamento da pandemia do novo coronavírus pode-se dizer que o líder britânico não está completamente ensandecido, como aconteceu com a direita brasileira e seu chefe Jair Bolsonaro. Além disso, também ao contrário de Bolsonaro, o primeiro-ministro está procurando defender seu povo de um vírus mortal. Ele também não aparenta sofrer o grave distúrbio de Bolsonaro, da falta total de empatia com o sofrimento alheio.

A direita brasileira é capaz de assumir como crença inabalável conspirações das mais estúpidas, mas se nega a aceitar a existência de um vírus que assola todo o mundo e em registros oficiais já matou no Brasil mais de 200 mil pessoas.

Nesta quinta-feira, a Folha de S. Paulo informou com dados do Info Tracker que as festas de final de ano praticamente dobraram as taxas de contágio da Covid-19. O Rt paulistano subiu de 0,78 para 1,4. Segundo o jornal, o Rt de hoje leva em conta o que houve há dez dias. A taxa de contágio bate com o período das festas de Natal e Ano Novo.

E esses são dados apenas da capital paulista, quando sabemos que as festas de final de ano bombaram em todo o país. E o descuido com medidas de prevenção continuam, com tendência de que a irresponsabilidade continue mesmo com a vacina. O comportamento geral indica que pode haver um relaxamento, com as pessoas deixando de cumprir regras simples de proteção, a partir da ilusão de que encontrou-se a solução do problema.

O país parece caminhar para um grave aumento da falta de medidas, como o uso de máscaras e o distanciamento, quando começar finalmente a vacinação. Para não variar, o Brasil já está atrasadíssimo no planejamento da ação, com previsão de muita confusão quando isso realmente começar a acontecer.

A preocupação do primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, com a tal da “variante brasileira” e o anúncio de que em seu país estudam medidas para barrar essa nova cepa do vírus, é apenas o desenrolar do agravamento do posicionamento mundial do Brasil em relação à pandemia. É claro que a falta de um planejamento nacional de enfrentamento da Covid-19 abre naturalmente o território nacional para a entrada e proliferação de novas cepas. Com essa má-fama internacional a tendência é de um isolamento do nosso país em relação aos outros países.

Um sabotador como Jair Bolsonaro como presidente — o pior da nossa história, além dele ser o último governante negacionista no mundo — impõe ao Brasil a condição de território suspeito e perigoso nesta pandemia. A peste é favorecida pelo bolsonarismo. Já é uma realidade o tal estado pária, de que se falou tanto, condição de nação isolada da qual este governo tem até orgulho.

Está mais que claro que Bolsonaro não vai mudar de comportamento, até porque é marcante na sua personalidade este caráter psicológico de auto-exclusão. O que os brasileiros precisam decidir é se vamos deixar que o desajustado incompetente carregue com ele todo o país para um isolamento global.

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POR‌ ‌José‌ ‌Pires‌



terça-feira, 12 de janeiro de 2021

A fama inglória das estátuas de cera de Rolândia

A cidade de Rolândia, no norte do Paraná, andou ficando famosa recentemente por causa de uma exposição de estátuas de cera em que o autor além de não alcançar semelhança alguma com as personalidades que pretendeu retratar, na maioria delas ainda chegou a um efeito grotesco. As obras são inspiradas no Museu Madame Tussauds, mas ao contrário do famoso museu de Londres, em Rolândia fica difícil saber quem é quem entre os homenageados.

O autor é o empresário do ramo imobiliário Arlindo Armacollo, que confecciona as peças há pelo menos 20 anos, mantidas em exposição em um museu de sua propriedade na cidade paranaense. É uma grande quantidade de estátuas de personalidades como Gandhi, Charles Chaplin, Ayrton Senna, Einstein, Hebe Camargo, Princesa Diana, Rainha Elizabeth II, Zilda Arns e muitas outras figuras conhecidas, todas com o problema de que já falei e que muitos já devem saber, porque o assunto é bastante comentado na internet: o resultado é tão amadorístico que as imagens caíram na infernal zoação das redes sociais, transformadas em memes destruidores.

Ninguém sabe onde começou o compartilhamento recente das imagens nas redes sociais, que vem de uma matéria antiga no Youtube, de 2015, publicada por um jornal do norte do Paraná. A matéria do jornal Folha de Londrina não aponta as incongruências entre as estátuas e os homenageados. A bizarra exposição é tratada a sério.

O amadorismo das estátuas virou objeto de gozação há alguns dias, tendo viralizado nas redes sociais. Alcançado pela duvidosa fama, Arlindo Armacollo ainda tenta amenizar o constrangimento, afirmando que não se importa com os memes. "Não estou nem aí, serviu de divulgação", ele disse nesta semana a um site.

Pois o autor das agora famosas estátuas de cera de Rolândia que se prepare, pois sua fama já está ficando internacional. Hoje o jornal britânico The Guardian tratou do assunto, claro que abrindo a matéria com uma foto da estátua da Rainha Elizabeth II e trazendo também a Princesa Diana, as duas, por sinal, exemplos do que há de pior em matéria de semelhanças no museu. O jornal britânico identifica o material como "Brazilian horror story", que evidentemente nem é preciso traduzir.

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POR‌ ‌José‌ ‌Pires‌

 

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A matéria do The Guardian


Donald Trump às voltas com os resultados futuros de suas encrencas

Dando continuidade aos percalços de Donald Trump, depois de seu banimento do Twitter e o bloqueio no Facebook, o Deutsche Bank desistiu de fazer negócios com o ainda mas por pouco tempo presidente americano e suas empresas.

A questão é por que o banco alemão só desistiu dos negócios depois da desastrosa incitação por Trump da invasão do Capitólio. Claro que acreditavam nele.

Trump está devendo ao banco 300 milhões de dólares, em empréstimos que vencem em 2023 e em 2024. Isso significa que no Deutsche Bank projetavam um futuro promissor para Trump, talvez até com uma reeleição vitoriosa.

Pois pela realidade atual pode-se prever dias muito duros para o golpista fracassado, com problemas difíceis de serem enfrentados inclusive com Justiça, depois dele finalmente desocupar a Casa Branca.

Haja saldo para Trump se safar de tanta complicação. Dentro do Deutsche Bank deve ter muito futurólogo preocupado com o próprio futuro.

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POR‌ ‌José‌ ‌Pires‌


sábado, 9 de janeiro de 2021

 


Donald Trump e a invasão do Capitólio

Um a um, vão sendo presos os invasores do Capitólio, na última quarta-feira nos Estados Unidos, que terminou em cinco mortes. Certamente todos que forem identificados por fotografias, vídeos e testemunhas serão pegos pela polícia e arcarão com a responsabilidade pelo que fizeram.

Neste sábado, prenderam aquele estúpido que estava fantasiado com uma vestimenta de pele e capacete com chifres.

Jacob Anthony Chansley, conhecido como Jake Angeli, participa do grupo QAnon, bando de malucos perigosos que espalham mentiras e teorias da conspiração nas redes sociais.

Os terroristas que atacaram a democracia americana vão pagar por seus crimes, mas é importante que o mentor dos invasores também responda pela liderança da tentativa criminosa de desmoralização do processo eleitoral.

Todo mundo sabe que o instigador da violência é um tal de Donald Trump. Espera-se que sua punição não fique apenas na perda da conta do Twitter e no banimento do Facebook. Além de muita cadeia, o sórdido plano criminoso exige que ele seja também condenado ao lixo da História.

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POR‌ ‌José‌ ‌Pires


Arthur Lira; candidato à altura do padrinho

O deputado Arthur Lira, candidato de Jair Bolsonaro a presidente da Câmara, é um veterano em complicações com a Justiça. Envolvimento em escândalos faz parte da sua carreira política. Ele já teve seu nome envolvido em denúncia de peculato, as chamadas “rachadinhas”, quando foi deputado estadual em Alagoas.

O figurão do Partido Progressista — o notório PP, que atualmente detém o comando das articulações do governo Bolsonaro — se valeu de parte da verba de seu gabinete na Assembleia Legislativa de Alagoas, para quitar empréstimos bancários entre os anos de 2005 e 2008. As informações fazem parte de um processo da Receita Federal.

O deputado foi também denunciado ao STF pela Procuradoria-Geral da República. Lira responde pelo recebimento de R$ 1,6 milhão em propina da empreiteira Queiroz Galvão. A denúncia é do MPF.

Em outro inquérito no STF, que ficou com o nome famoso de “Quadrilhão do PP”, ele é apontado pelo crime de organização criminosa, junto com os deputados Eduardo da Fonte e Aguinaldo Ribeiro e o senador Ciro Nogueira. O grupo é acusado de desviar dinheiro da Petrobras.

O candidato de Bolsonaro tem uma ficha impressionante até para os atuais níveis de sujeira da política. Pois nesta sexta-feira apareceu mais um caso de arrasar. A notícia é da Folha de S. Paulo.

A ex-mulher do deputado que Bolsonaro quer na presidência da Câmara o acusa de violência doméstica. O processo corre na Vara de Violência Doméstica do Distrito Federal.

A Folha conta que Jullyene Cristine Santos Lins, mãe dos dois filhos do candidato, disse que “o medo a segue 24 horas por dia, pois sabe bem o que o querelado é capaz de fazer por dinheiro”.

A ex-mulher também acusa Lira de ocultar bens de seu patrimônio de 11 milhões de reais.

Bem, isso vem acumular mais sujeira numa ficha já bastante encardida, algo que pelos seus propósitos não deixa de ser um mérito. Não faltou nem “rachadinha”. O conjunto de obra realmente o qualifica como candidato de Jair Bolsonaro.

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POR‌ ‌José‌ ‌Pires