Agora no papel de réu, condição em que, apesar das bravatas recentes, certamente preferia não estar, Dirceu vai ter de enfrentar também o ressurgimento de um assunto que para o bem de sua carreira política seria melhor manter-se na gaveta.
É o caso de sua ex-mulher, Maria Ângela Saragoça, acusada de ter sido favorecida por Marcos Valério, o operador do “Mensalão”.
"Apesar das negativas de José Dirceu, há indícios de concessão de valores de Marcos Valério à sua ex-esposa", - disse Joaquim Barbosa. Sua ex-mulher Maria Ângela Saragoça teria recebido de Marcos Valério um empréstimo para a compra de um imóvel. O publicitário também teria conseguido um emprego no banco BMG para a ex-mulher do Dirceu.
A ex-mulher de Dirceu foi contratada em 2003 pelo BMG. Trabalhava meio expediente em uma agência em São Paulo e ganhava R$ 3.265,00. Ela também ganhou um empréstimo de R$ 42 mil no Banco Rural.
Segundo o livro “O Chefe”, de Ivo Patarra, o dinheiro foi usado para pagar uma parte do apartamento comprado por ela no bairro de Perdizes, em São Paulo. Antes de comprá-lo, porém, Maria Ângela teve de vender um antigo apartamento.
Foi o advogado Rogério Tolentino, sócio de Valério quem comprou por R$ 115 mil o imóvel, que depois acabou sendo alugado para Ivan Guimarães, petista nomeado para a presidência do Banco Popular do Brasil. O apartamento novo da ex-mulher de Dirceu custou R$ 150 mil.
Segundo o livro, Maria Ângela chegou com dinheiro vivo, dentro de uma sacola. O livro de Ivo Patarra está disponível na internet e pode ser acessado pelo endereço http://www.escandalodomensalao.com.br
Outra informação interessante sobre o assunto é que a agência DNA, de Valério, fez, sem licitação, a campanha de lançamento do Banco Popular, um braço do Banco do Brasil. O custo da campanha foi de R$ 25 milhões.
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POR José Pires
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