É sabido que no meio acadêmico proliferam as patotas – alimentadas por ligações políticas ou apenas pessoais – onde o compadrismo é eficiente moeda de troca, seja para o crescimento na carreira ou na auto-defesa do grupo. Neste caso, é bom lembrar, o espírito de corpo serve para o acobertamento de deslizes profissionais e ou até mesmo de crimes contra o patrimônio público. Serve também, é claro, para favorecimentos na área acadêmica, tudo feito com o comportamento bem parecido com o crime de formação de quadrilha previsto no Código Penal. Um ajuda o outro, no sistema do toma-lá-dá-cá, e no final perdem a capacidade profissional e a produtividade.
A premiação da biografia de José Genoíno pela Biblioteca Nacional parece uma dessas ações entre amigos, que acontecem muito no meio acadêmico. Simbólicamente, no entanto, é de valor bem maior já que se trata de um prêmio bacional destinado à valorizar o mérito e a capacidade intelectual.
O prêmio de R$ 12,500,00 naturalmente acendeu uma polêmica e não apenas pela natureza do biografado, mas também pela suspeição levantada pelas relações próximas entre a premiada e os jurados.
O livro sobre Genoíno, deputado federal e liderança petista denunciado pela Procuradoria-Geral da República por envolvimento direto no escândalo do mensalão, foi escrito por Maria Francisca Pinheiro Coelho, professora da Universidade de Brasília e que já foi filiada ao PT.
A autora é velha companheira do deputado petista. Genoíno, que era presidente do Diretório Central de Estudantes da Universidade Federal do Ceará, foi quem levou Maria Francisca Pinheiro Coelho, que era caloura, para o conhecido Congresso da UNE em 1968 em Ibiúna, em São Paulo.
O livro naturalmente foi bem usado como peça política para a defesa do deputado petista, que responde como réu no STF por formação de quadrilha, peculato (4 vezes) e corrupção ativa (9 vezes). O escândalo do mensalão não está presente no corpo da biografia. Aparece apenas em uma entrevista na qual ele se defende das acusações. A singela explicação da autora é de que a biografia já estava pronta quando ocorreu a descoberta dos crimes atribuídos ao petista.
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POR José Pires
A premiação da biografia de José Genoíno pela Biblioteca Nacional parece uma dessas ações entre amigos, que acontecem muito no meio acadêmico. Simbólicamente, no entanto, é de valor bem maior já que se trata de um prêmio bacional destinado à valorizar o mérito e a capacidade intelectual.
O prêmio de R$ 12,500,00 naturalmente acendeu uma polêmica e não apenas pela natureza do biografado, mas também pela suspeição levantada pelas relações próximas entre a premiada e os jurados.
O livro sobre Genoíno, deputado federal e liderança petista denunciado pela Procuradoria-Geral da República por envolvimento direto no escândalo do mensalão, foi escrito por Maria Francisca Pinheiro Coelho, professora da Universidade de Brasília e que já foi filiada ao PT.
A autora é velha companheira do deputado petista. Genoíno, que era presidente do Diretório Central de Estudantes da Universidade Federal do Ceará, foi quem levou Maria Francisca Pinheiro Coelho, que era caloura, para o conhecido Congresso da UNE em 1968 em Ibiúna, em São Paulo.
O livro naturalmente foi bem usado como peça política para a defesa do deputado petista, que responde como réu no STF por formação de quadrilha, peculato (4 vezes) e corrupção ativa (9 vezes). O escândalo do mensalão não está presente no corpo da biografia. Aparece apenas em uma entrevista na qual ele se defende das acusações. A singela explicação da autora é de que a biografia já estava pronta quando ocorreu a descoberta dos crimes atribuídos ao petista.
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POR José Pires
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