A entrevista de Ilzamar Mendes, viúva do seringalista Chico Mendes, ao blog do jornalista Altino Machado, deixou em polvorosa os petistas aboletados no poder no Acre. Ilzamar fez severas críticas ao governo acreano, já no terceiro mandato em mãos de petistas. O poder no Acre foi conquistado por antigos companheiros do seringalista. De lá é também a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva. Mas, segundo a viúva estes “mataram os ideais de Chico Mendes”.
A entrevista está sendo republicada em vários sites e blogs da internet e a repercussão tornou-se nacional. Essa é uma das ótimas contribuições da internet. Sem esta tecnologia de informação, como ocorria em passado bem recente, a viúva de Chico Mendes teria que curtir sua mágoa na solidão, sem nenhuma possibilidade de expressar o desencanto e defender a memória do marido.
Tirando alguns grandes órgãos nacionais do eixo Rio - São Paulo, a mídia brasileira vive em conluio com os governos locais, os estaduais e municipais. Nessa política da informação paga, dirigida por caciques políticos e subtraída do cidadão, entram até as câmaras municipais. Jornais e emissoras de rádio e televisão funcionam a soldo de publicidade oficial ou até mesmo de dinheiro que entra por caixa dois.
Com este controle financeiro as autoridades locais determinam o que sai na mídia, fechando evidentemente qualquer espaço para a oposição ou qualquer pensamento crítico que afete seus interesses. Desse modo, as mídias locais foram sempre excelentes suportes para o estabelecimento de oligarquias e o controle da política brasileira por caciques políticos. E, claro, por conseqüência lógica, este controle da informação praticamente inviabiliza a existência de partidos autênticos ou a política feita de forma ética.
E não há cores partidárias neste empobrecimento da política brasileira. Democratas, peemedebistas, tucanos, quando pegam o poder todos sempre usaram o controle da mídia para o favorecimento próprio. A novidade agora é que o PT também começa a fazer isso pelo Brasil afora.
A entrevista da viúva de Chico Mendes veio em boa hora e levanta interessantes questões. Além da necessidade de recompor a ética em torno da memória do líder seringueiro, a entrevista de Ilzamar Mendes traz também um bom debate sobre o poder da comunicação no fortalecimento da democracia.
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POR José Pires
A entrevista está sendo republicada em vários sites e blogs da internet e a repercussão tornou-se nacional. Essa é uma das ótimas contribuições da internet. Sem esta tecnologia de informação, como ocorria em passado bem recente, a viúva de Chico Mendes teria que curtir sua mágoa na solidão, sem nenhuma possibilidade de expressar o desencanto e defender a memória do marido.
Tirando alguns grandes órgãos nacionais do eixo Rio - São Paulo, a mídia brasileira vive em conluio com os governos locais, os estaduais e municipais. Nessa política da informação paga, dirigida por caciques políticos e subtraída do cidadão, entram até as câmaras municipais. Jornais e emissoras de rádio e televisão funcionam a soldo de publicidade oficial ou até mesmo de dinheiro que entra por caixa dois.
Com este controle financeiro as autoridades locais determinam o que sai na mídia, fechando evidentemente qualquer espaço para a oposição ou qualquer pensamento crítico que afete seus interesses. Desse modo, as mídias locais foram sempre excelentes suportes para o estabelecimento de oligarquias e o controle da política brasileira por caciques políticos. E, claro, por conseqüência lógica, este controle da informação praticamente inviabiliza a existência de partidos autênticos ou a política feita de forma ética.
E não há cores partidárias neste empobrecimento da política brasileira. Democratas, peemedebistas, tucanos, quando pegam o poder todos sempre usaram o controle da mídia para o favorecimento próprio. A novidade agora é que o PT também começa a fazer isso pelo Brasil afora.
A entrevista da viúva de Chico Mendes veio em boa hora e levanta interessantes questões. Além da necessidade de recompor a ética em torno da memória do líder seringueiro, a entrevista de Ilzamar Mendes traz também um bom debate sobre o poder da comunicação no fortalecimento da democracia.
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POR José Pires
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