Fico pensando como é que os petistas se sentem com os documentos revelados pelo jornal Valor Econômico sobre as relações especiais do governo Lula com o governo dos Estados Unidos. Ainda existe petista militante honesto, daquele que respeita a história do partido, aquela antes de ganhar o poder? Honestamente, deve ser uma vida difícil, hein?
O Valor publicou reportagens sobre o assunto ontem e hoje. Também na edição de hoje a Folha de S. Paulo escreve sobre o assunto buscando a opinião de fontes do governo sobre os documentos. O Valor, que fez este belo furo de reportagem, hoje também ouve algumas pessoas envolvidas. E nos próximos dias vamos ver muito papudo lutando para encontrar justificativas para bravatas ditas para autoridades norte-americanas em conversas que pareciam reservadas.
Os documentos foram liberados a pedido do jornal, que apresentou ao Departamento de Estado requerimentos amparados na Lei de Liberdade de Informação. E é enojador o retrato do governo Lula que emerge dos papéis. O governo petista chegou a discutir com integrantes do governo George W. Bush o papel do Brasil na “contenção” de governos locais como Bolívia e Venezuela.
A desfaçatez de Lula e de todos em seu partido e no governo é tanta que mesmo a vassalagem comprovada pelos documentos não é uma surpresa. Seria tolice esperar atitudes altruísticas de gente sem-vergonha. E ademais, desde que foi eleito Lula nada mais faz que aplicar a velha cartilha de submissão aos interesses norte-americanos que todo governo antes dele usou.
O que estes documento trazem de novidade é a oficialização da sabujice de Lula, comportamento que era encoberto pela retórica e a propaganda. Lula, inclusive, foi lamber a sola dos gringos antes de chegar ao poder. Ainda durante a campanha eleitoral ele já levava para a então embaixadora dos Estados Unidos, Donna Hrinak, as garantias da sua submissão futura. Numa conversa , das quatro que teve com ela, Lula ainda teve a indignidade de confessar para um representante estrangeiro que mentia para os brasileiros. A embaixadora Hrinak ouviu dele que o Banco Central teria mais autonomia em seu governo do que ele admitia em público. Em relato ao Departamento de Estado norte-americano, a embaixadora informa também que em conversa com ela "Lula salientou repetidamente que queria trabalhar com os Estados Unidos, em geral e na Alca".
O Valor publicou reportagens sobre o assunto ontem e hoje. Também na edição de hoje a Folha de S. Paulo escreve sobre o assunto buscando a opinião de fontes do governo sobre os documentos. O Valor, que fez este belo furo de reportagem, hoje também ouve algumas pessoas envolvidas. E nos próximos dias vamos ver muito papudo lutando para encontrar justificativas para bravatas ditas para autoridades norte-americanas em conversas que pareciam reservadas.
Os documentos foram liberados a pedido do jornal, que apresentou ao Departamento de Estado requerimentos amparados na Lei de Liberdade de Informação. E é enojador o retrato do governo Lula que emerge dos papéis. O governo petista chegou a discutir com integrantes do governo George W. Bush o papel do Brasil na “contenção” de governos locais como Bolívia e Venezuela.
A desfaçatez de Lula e de todos em seu partido e no governo é tanta que mesmo a vassalagem comprovada pelos documentos não é uma surpresa. Seria tolice esperar atitudes altruísticas de gente sem-vergonha. E ademais, desde que foi eleito Lula nada mais faz que aplicar a velha cartilha de submissão aos interesses norte-americanos que todo governo antes dele usou.
O que estes documento trazem de novidade é a oficialização da sabujice de Lula, comportamento que era encoberto pela retórica e a propaganda. Lula, inclusive, foi lamber a sola dos gringos antes de chegar ao poder. Ainda durante a campanha eleitoral ele já levava para a então embaixadora dos Estados Unidos, Donna Hrinak, as garantias da sua submissão futura. Numa conversa , das quatro que teve com ela, Lula ainda teve a indignidade de confessar para um representante estrangeiro que mentia para os brasileiros. A embaixadora Hrinak ouviu dele que o Banco Central teria mais autonomia em seu governo do que ele admitia em público. Em relato ao Departamento de Estado norte-americano, a embaixadora informa também que em conversa com ela "Lula salientou repetidamente que queria trabalhar com os Estados Unidos, em geral e na Alca".
Mas o presidente-capacho não ficou só nisso. Foi levar também sua submissão ao chefe da embaixadora. Três semanas antes de sua posse, Lula foi recebido pelo presidente George W. Bush. Este gostou tanto da conversa com o presidente eleito que fez até piada: disse em tom de brincadeira que o plano de Lula para a economia era tão sensato que parecia uma “boa política republicana".
Os documentos mostram ainda o então ministro-chefe da Casa Civil, José Dirceu, fazendo o papel de moleque-de-recados do governo norte-americano. Em 2005 ele falou com o presidente venezuelano Hugo Chávez em Caracas e voltou correndo ao Brasil para contar para a secretária de Estado dos EUA, Condoleezza Rice, o que ouvira.
Dirceu também disse para Condoleezza que havia aconselhado o líder venezuelano a se moderar. E sobre Evo Morales, que lançava sua candidatura presidencial, o então ministro − o “capitão” do governo, como gostava de dizer Lula − garantiu à secretária que o Brasil tinha a situação “sob controle”. A prova da sabujice de Dirceu está em informes oficiais que fazem parte do conjunto de documentos aos quais o jornal teve acesso. O encontro com a secretária foi em março. Três meses após Dirceu caía do ministério, para logo ser cassado por falta de decoro parlamentar.
Os documentos mostram que o governo brasileiro buscou uma relação privilegiada com os norte-americanos oferecendo em troca a promessa de atuar como um parceiro confiável na América Latina, servindo até como amaciador de governos daqui. Talvez também como quintas-colunas, traidores que buscam informações para o inimigo sem que os parceiros saibam? É o que parece pelos documentos revelados pelo jornal. Mas levando em conta que deve ter havido muita conversa sem a devida documentação, a traição pode ser muito maior.
O que se vê é que a diplomacia de Lula baseia-se em se fazer de independente mas, nos bastidores, oferecer os préstimos para o país mais poderoso do mundo. Segundo o Valor, papéis examinados pelo jornal comprovam que o próprio Lula deixou claro que seu governo seria um parceiro confiável e ajudaria os Estados Unidos a manter a “estabilidade” na América Latina. Foi o que ele disse em conversa que teve em junho de 2004 com o então secretário do Tesouro dos EUA John Snow, em Nova York. Na conversa com o secretário, Lula até pediu uma ajuda para o Equador que estaria, segundo ele, com o governo “acossado” pela oposição. O auxílio seria na forma de “tratamento especial” do FMI.
A revelação oficial do comportamento submisso do governo Lula derruba uma das mentiras mais trabalhadas pela propaganda oficial: a de que Lula desenvolve uma diplomacia independente para o País. É uma paulada terrível na imagem de quem tenta se colocar no plano internacional como governante ousado e defensor de uma pauta de maior igualdade nas relações entre os países. A notícia com certeza já correu o mundo, especialmente na área da diplomacia. O que é certeza também é que a confiabilidade do governo caiu na sarjeta, especialmente para os parceiros da América Latina. O que se fala em confiança com o governo brasileiro pode acabar em ouvidos poderosos.
Mas tem muito mais para saber. Para ler as reportagens do Valor vá aos nossos arquivos. Clique aqui para ler a reportagem de hoje e aqui para ler a de ontem. A da Folha de S. Paulo está aqui. Mas aconselho muito cuidado para aqueles aqueles que ainda guardam um resquício de confiança neste governo. Não vá cortar os pulsos em meu blog...
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POR José Pires
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