Os políticos brasileiros ainda não se acostumaram aos progressos da tecnologia. Isso a gente já sabia. Vê-se que boa parte deles só usa o cartão de crédito quando é o corporativo, ou seja, só debitam na conta do povo. E mesmo com o cartão corporativo, eles têm a estranha mania de sacar uma dinheirama na boca do caixa.
Político também gosta de guardar dinheiro em casa. Quando acontece alguma coisa, um roubo ou mesmo uma batida da Polícia Federal, sabe-se sempre que foram levados ou encontrados muito dinheiro em espécie. Até me lembro da filha do ex-presidente José Sarney, a Roseana, quando ela pensava em ser presidente da República em 2002. Na época a Polícia Federal encontrou R$ 1,5 milhão em dinheiro vivo nas gavetas do escritório dela e do marido Jorge Murad.
Podia ser embaixo do colchão também. Mas foi em gavetas. Esse tradicionalismo financeiro acabou custando caro para Roseana Sarney. Foi-se a chance da presidência da República.
Mas agora estamos vendo que essa mania, ou talvez apreço, de ter nas mãos dinheiro vivo, está tomando conta também do sindicalismo. A mulher do deputado e presidente da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da Força, comprou uma casa de praia em Bertioga, litoral de São Paulo, por R$ 220 mil. Pagou à vista.
Até aí, tudo bem. Qualquer metalúrgico compra um imóvel de 220 mil reais. Lula é um bom exemplo: tem um apartamento de cobertura em um edifício onde cada apartamento em 2006 não custava menos de 250 mil reais. E ele deve ter comprado a cobertura, a única do prédio, ecpnomizando do seu salário de metalúrgico aposentado.
Mas acontece que a mulher de Paulinho da Força, o deputado que está sendo acusado de participar da quadrilha que desviava recursos do BNDES, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, pagou uma parte substancial em dinheiro. 160 reais foi em cheque e 60 mil em dinheiro.
Pensem bem: 60 mil reais guardadinhos em casa, talvez até debaixo do colchão, pois a reportagem não informa onde o casal depositava a bufunfa. E pode estar aí a explicação para o talento financeiro dos ex-sindicalistas brasileiros, uma nova classe que exala prosperidade em suas coberturas e casas de praia. O negócio é esquecer isso de cheque e cartão de crédito. O salário rende mesmo é debaixo de um colchão.
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POR José Pires
Político também gosta de guardar dinheiro em casa. Quando acontece alguma coisa, um roubo ou mesmo uma batida da Polícia Federal, sabe-se sempre que foram levados ou encontrados muito dinheiro em espécie. Até me lembro da filha do ex-presidente José Sarney, a Roseana, quando ela pensava em ser presidente da República em 2002. Na época a Polícia Federal encontrou R$ 1,5 milhão em dinheiro vivo nas gavetas do escritório dela e do marido Jorge Murad.
Podia ser embaixo do colchão também. Mas foi em gavetas. Esse tradicionalismo financeiro acabou custando caro para Roseana Sarney. Foi-se a chance da presidência da República.
Mas agora estamos vendo que essa mania, ou talvez apreço, de ter nas mãos dinheiro vivo, está tomando conta também do sindicalismo. A mulher do deputado e presidente da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da Força, comprou uma casa de praia em Bertioga, litoral de São Paulo, por R$ 220 mil. Pagou à vista.
Até aí, tudo bem. Qualquer metalúrgico compra um imóvel de 220 mil reais. Lula é um bom exemplo: tem um apartamento de cobertura em um edifício onde cada apartamento em 2006 não custava menos de 250 mil reais. E ele deve ter comprado a cobertura, a única do prédio, ecpnomizando do seu salário de metalúrgico aposentado.
Mas acontece que a mulher de Paulinho da Força, o deputado que está sendo acusado de participar da quadrilha que desviava recursos do BNDES, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, pagou uma parte substancial em dinheiro. 160 reais foi em cheque e 60 mil em dinheiro.
Pensem bem: 60 mil reais guardadinhos em casa, talvez até debaixo do colchão, pois a reportagem não informa onde o casal depositava a bufunfa. E pode estar aí a explicação para o talento financeiro dos ex-sindicalistas brasileiros, uma nova classe que exala prosperidade em suas coberturas e casas de praia. O negócio é esquecer isso de cheque e cartão de crédito. O salário rende mesmo é debaixo de um colchão.
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POR José Pires
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