Para quem duvidava que Fidel Castro estava em fase terminal, sua polêmica com Caetano Veloso vem para deixar claro que nem raciocinando direito o ditador cubano está mais. Bons tempos aqueles em que ele polemizava com John Kennedy.
E esse tipo de assunto obriga a gente, é claro, a ir ver o que é que Caetano Veloso andou aprontando afinal. Fez a música “Base de Guantânamo”. A música está na internet. E o desgosto de Fidel Castro nem é com ela em si, mas com uma fala final em que o músico agradece à Corte Suprema dos Estados Unidos por ter − preparem-se que a coisa é pesada − “prestado atenção nesta canção”. Canção dele, é claro.
Se entendi bem a pretensão, ele que fazer seu público crer que a decisão da Corte Suprema, que restabeleceu direitos civis de prisioneiros de Guantânamo acusados de terrorismo, foi influenciada por sua música. Não é muito? É muito, mesmo vindo de Caetano Veloso.
Mas analisemos a obra. Hoje em dia tudo é mais fácil. Dá correr para sites de vídeos ou mesmo baixar álbuns inteiros para ouvir.
Fiz isso com o último álbum dele, de nome “Cê”. Baixei e deletei depois de ouvir. Não dá para ficar nem nos arquivos. Mas fiquei pensando o que é que o compositor anda fazendo, que nome devíamos dar para algo de qualidade tão inferior que foge até à qualificação de MPB, que, em seu conjunto, hoje rasteja pelo chão de tão ruim.
No caso de “Base de Guantânamo”, música bem fraca e que não tem como apoio sequer uma boa letra, temos no Youtube até uma explicação sua sobre o processo de criação, em vídeo postado pelo próprio músico.
A música saiu de uma troca de e-mails, quando o compositor acabou fascinado com uma frase dele próprio em um e-mail. Dali tirou a inspiração para compor. A frase, literal, é o suporte da música. Foi aí que me deu também um insight, aquela compreensão instantânea que puxa a gente pelas orelhas e mostra rápido o que está acontecendo afinal.
O que Caetano Veloso faz agora é blog. É obra apresentada em palcos, em álbuns, mas parece blog. E, cá pra nós, nem é um bom blog.
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POR José Pires
E esse tipo de assunto obriga a gente, é claro, a ir ver o que é que Caetano Veloso andou aprontando afinal. Fez a música “Base de Guantânamo”. A música está na internet. E o desgosto de Fidel Castro nem é com ela em si, mas com uma fala final em que o músico agradece à Corte Suprema dos Estados Unidos por ter − preparem-se que a coisa é pesada − “prestado atenção nesta canção”. Canção dele, é claro.
Se entendi bem a pretensão, ele que fazer seu público crer que a decisão da Corte Suprema, que restabeleceu direitos civis de prisioneiros de Guantânamo acusados de terrorismo, foi influenciada por sua música. Não é muito? É muito, mesmo vindo de Caetano Veloso.
Mas analisemos a obra. Hoje em dia tudo é mais fácil. Dá correr para sites de vídeos ou mesmo baixar álbuns inteiros para ouvir.
Fiz isso com o último álbum dele, de nome “Cê”. Baixei e deletei depois de ouvir. Não dá para ficar nem nos arquivos. Mas fiquei pensando o que é que o compositor anda fazendo, que nome devíamos dar para algo de qualidade tão inferior que foge até à qualificação de MPB, que, em seu conjunto, hoje rasteja pelo chão de tão ruim.
No caso de “Base de Guantânamo”, música bem fraca e que não tem como apoio sequer uma boa letra, temos no Youtube até uma explicação sua sobre o processo de criação, em vídeo postado pelo próprio músico.
A música saiu de uma troca de e-mails, quando o compositor acabou fascinado com uma frase dele próprio em um e-mail. Dali tirou a inspiração para compor. A frase, literal, é o suporte da música. Foi aí que me deu também um insight, aquela compreensão instantânea que puxa a gente pelas orelhas e mostra rápido o que está acontecendo afinal.
O que Caetano Veloso faz agora é blog. É obra apresentada em palcos, em álbuns, mas parece blog. E, cá pra nós, nem é um bom blog.
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POR José Pires
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