terça-feira, 18 de novembro de 2008

A crise da boca pra fora


É de se perguntar por que Lula não ficou invocado com o presidente George W. Bush no encontro do G-20. Afinal, não é no “pato manco” que está a origem da crise? Pelo menos foi isso que Lula falou logo no início, além de dizer que a “marolinha” nem riscaria a sólida blindagem brasileira. Mas no final de semana em Washington, Lula foi só abraços para Bush.

Falando em contas, o jornalista Augusto Nunes juntou as falas de Lula desde o início da crise, quando o petista tratava a crise com sua retórica de palanque. Nunes fez uma compilação desde a primeira declaração, em 27 de março, quando, em uma de suas costumeiras confusões, desta vez com a geografia, mandou um recado ao presidente norte-americano: “Bush, meu filho, resolve o problema da crise, porque não vou deixar que ela atravesse o Atlântico".

Vejam que interessante o histórico do nosso presidente (ele é... fazer o quê, não?) encarando a crise com sua verborragia.


Setembro, 17
"Que crise? Pergunta pro Bush"

Setembro, 18
"O Brasil vive um momento mágico"

Setembro, 22
"Até agora, graças a Deus, a crise americana não atravessou o Atlântico"

Setembro, 29
"O Brasil, se tiver que passar por um aperto, será muito pequeno"

Setembro, 30
"A crise é tão séria e profunda que nem sabemos o tamanho. Talvez seja a maior na História mundial"

Outubro, 4
"Lá, a crise é um tsunami. Aqui, se chegar, vai ser uma marolinha, que não dá nem para esquiar"

Outubro, 5
"Queremos que esse tema da crise mundial seja levado ao Congresso"

Novembro, 8
“Ninguém está a salvo, todos os países serão atingidos pela crise"

Novembro, 10
“Toda crise tem solução. A única que eu pensei que não tivesse jeito era a crise do Corinthians"
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POR José Pires

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