terça-feira, 27 de janeiro de 2009

Um esquecido na equipe de Obama

Mesmo para um santo como Barack Obama é uma dificuldade formar um governo. Ou melhor, para um santo como ele (precisa beatificar o homem; é o primeiro passo) é ainda mais complicado.

O Departamento do Tesouro, peça das mais importantes em uma máquina atolada na crise, já tem comandante, mas foi uma indicação polêmica que provocou debates acalorados no Senado (é, o Senado de lá debate as indicações do governo) e teve 34 votos contra e 60 a favor (é, de novo: no Senado de lá não tem apoio unânime ao governo).

O problema com Geithner é que ele não pagou impostos à seguridade social quando trabalhou como economista no Fundo Monetário Internacional (FMI). Ele deixou de pagar 34 mil dólares, alegadamente por erro no preenchimento das respectivas declarações. Nas discussões no Senado também entrou a descoberta recente de que ele continuou a empregar uma imigrante como diarista após o visto de trabalho dela nos EUA ter expirado.

São coisas que acontecem, nós aqui sabemos bem disso. Tanta coisa maior acabam sendo esquecida por nossos políticos e tecnocratas, uns distraídos empedernidos. A diferença é que o nosso Senado também de nada lembra.
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POR José Pires

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