No texto de Noblat que deu início à exploração do caso tem até bobagens como dizer que os agressores “entalharam” a sigla SVP no corpo da moça. Ah, não, por favor, entalhe é em madeira. Até se tatua na carne, mas entalhe no corpo é difícil. Mas deixemos isso pra lá, senão a gente não termina.
Depois que fizeram a besteira de tratar um caso tão sério com afobação, o passo seguinte foi o de tentar matar qualquer mensageiro com más notícias. Ontem Noblat publicava a matéria da Folha de S. Paulo que informava (ou, pelo tom, acusava) a revista suiça Die Weltwoche de ter, vou aspar as palavras do jornal, “claros laços ideológicos com o partido ultranacionalista SVP (Partido do Povo Suiço)”. Mas o problema mesmo foi a revista foi ela ter trazido uma má mensagem: a de que a brasileira teria confessado ter mentido sobre a agressão, notícia agora confirmada.
Os brasileiros ficaram o tempo todo tentando desqualificar a imprensa suíça. Até escreveram que a revista Die Weltwoche é de propriedade de um milionário. Claro, deve ser porque os donos da Folha de S. Paulo e a TV Globo são bem pobres.
Noblat publicou a matéria sem nenhum comentário pessoal. Seu blog, na verdade, está mais para clipping, com pouca participação autoral dele. Mas é bastante cômodo posicionar-se em torno dos assuntos apenas republicando notícias de jornais. Isso facilita bastante a vida do blogueiro. Além de economizar o ato de pensar, caso o tempo comprove algum erro de visão, a responsabilidade é sempre de outro.
Todo mundo agora quer se safar. Uma Escola de Base internacional é duro de segurar. Alguns tentam também dar uma força para que o governo se livre de responsabilidades. Luís Nassif, que acaba de ser contratado pela TV Lula, ou TV Brasil, do governo federal, quer até culpar a imprensa pela tremenda gafe internacional do governo Lula. Nassif está fazendo seu serviço, mas não é por aí. Se quer defender bem o governo, aliás, ele deveria fazer direito. Desse jeito, está acusando a diplomacia petista de se deixar conduzir pelos atropelos da mídia.
Mas a verdade é que a imprensa brasileira fez feio nessa história. Não seria melhor então encarar uma autocrítica e tentar melhorar? E para que isso se conduza nos melhores termos, primeiro é preciso deixar que os suíços cuidem da sua imprensa e de seu país e passar a olhar melhor para os erros cometidos aqui.
Rudyard Kipling dizia que as palavras são as drogas mais poderosas que a humanidade conhece. Sempre concordei com ele. O governo Lula não tem mais jeito. Mas nossa imprensa tem que aprender a evitar a overdose.
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POR José Pires
Depois que fizeram a besteira de tratar um caso tão sério com afobação, o passo seguinte foi o de tentar matar qualquer mensageiro com más notícias. Ontem Noblat publicava a matéria da Folha de S. Paulo que informava (ou, pelo tom, acusava) a revista suiça Die Weltwoche de ter, vou aspar as palavras do jornal, “claros laços ideológicos com o partido ultranacionalista SVP (Partido do Povo Suiço)”. Mas o problema mesmo foi a revista foi ela ter trazido uma má mensagem: a de que a brasileira teria confessado ter mentido sobre a agressão, notícia agora confirmada.
Os brasileiros ficaram o tempo todo tentando desqualificar a imprensa suíça. Até escreveram que a revista Die Weltwoche é de propriedade de um milionário. Claro, deve ser porque os donos da Folha de S. Paulo e a TV Globo são bem pobres.
Noblat publicou a matéria sem nenhum comentário pessoal. Seu blog, na verdade, está mais para clipping, com pouca participação autoral dele. Mas é bastante cômodo posicionar-se em torno dos assuntos apenas republicando notícias de jornais. Isso facilita bastante a vida do blogueiro. Além de economizar o ato de pensar, caso o tempo comprove algum erro de visão, a responsabilidade é sempre de outro.
Todo mundo agora quer se safar. Uma Escola de Base internacional é duro de segurar. Alguns tentam também dar uma força para que o governo se livre de responsabilidades. Luís Nassif, que acaba de ser contratado pela TV Lula, ou TV Brasil, do governo federal, quer até culpar a imprensa pela tremenda gafe internacional do governo Lula. Nassif está fazendo seu serviço, mas não é por aí. Se quer defender bem o governo, aliás, ele deveria fazer direito. Desse jeito, está acusando a diplomacia petista de se deixar conduzir pelos atropelos da mídia.
Mas a verdade é que a imprensa brasileira fez feio nessa história. Não seria melhor então encarar uma autocrítica e tentar melhorar? E para que isso se conduza nos melhores termos, primeiro é preciso deixar que os suíços cuidem da sua imprensa e de seu país e passar a olhar melhor para os erros cometidos aqui.
Rudyard Kipling dizia que as palavras são as drogas mais poderosas que a humanidade conhece. Sempre concordei com ele. O governo Lula não tem mais jeito. Mas nossa imprensa tem que aprender a evitar a overdose.
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POR José Pires
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