O movimento “Xô Sarney!” mostrou bem a força internet para a mudança dos maus costumes na política. Tudo começou com um desenho feito pelo cartunista e publicitário Ronaldo Rony no muro de sua casa em Macapá, capital do Amapá. Mesmo em um estado de pouca expressão no uso da internet, a divulgação dessa caricatura, que de outro modo dificilmente extrapolaria os limites do muro da casa, virou primeiro um importante fato local e depois notícia nacional.
Do muro, a campanha se espalhou por toda a capital até chegar na internet por meio dos blogs. Daí, o que era local virou um tema de ampla discussão na mídia nacional. O “Xô, Sarney!” tornou-se um grande acontecimento na campanha de 2006 e uma marca na biografia do senador.
Sarney pleiteava a reeleição ao Senado e quase perdeu. Passou apertado. Mesmo usando de todos os recursos (inclusive os financeiros, claro) ficou com 152.486, contra 123.378 da adversária mais próxima, Maria Cristina do Rosário Almeida, candidata de poucos recursos financeiros e do pequeno PSB.
Para tentar calar a campanha “Xô Sarney!”, o presidente do Senado até tentou tirar do ar um blog, o que desencadeou uma campanha na internet pela liberdade de expressão. A prepotência levou também a coligação que apoiava Sarney a processar o Google para que este tirasse do ar todas as matérias supostamente contrárias à sua imagem.
É provável que a repercussão do “Xô Sarney!” tenha chegado até o Maranhão, como um estímulo na derrota de Sarney na sua terra natal. Mesmo com o apoio pessoal de Lula, que até subiu em palanques, Sarney perdeu feio.
O governador Jackson Lago, que figura como vítima de Sarney na combinação de Sarney com o filho flagrada na escuta feita pela PF, na época liderava uma coligação de partidos com um nome que parece saído de lutas anticoloniais: Frente de Libertação do Maranhão. E pelo menos de Sarney a Frente libertou o Maranhão. Com a vitória de |Lago sobre Roseana Sarney, então no PFL e hoje, pelo menso até onde se sabe, no PMDB, encerrava-se quarenta anos de dominação total dos Sarney no Maranhão.
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POR José Pires
Do muro, a campanha se espalhou por toda a capital até chegar na internet por meio dos blogs. Daí, o que era local virou um tema de ampla discussão na mídia nacional. O “Xô, Sarney!” tornou-se um grande acontecimento na campanha de 2006 e uma marca na biografia do senador.
Sarney pleiteava a reeleição ao Senado e quase perdeu. Passou apertado. Mesmo usando de todos os recursos (inclusive os financeiros, claro) ficou com 152.486, contra 123.378 da adversária mais próxima, Maria Cristina do Rosário Almeida, candidata de poucos recursos financeiros e do pequeno PSB.
Para tentar calar a campanha “Xô Sarney!”, o presidente do Senado até tentou tirar do ar um blog, o que desencadeou uma campanha na internet pela liberdade de expressão. A prepotência levou também a coligação que apoiava Sarney a processar o Google para que este tirasse do ar todas as matérias supostamente contrárias à sua imagem.
É provável que a repercussão do “Xô Sarney!” tenha chegado até o Maranhão, como um estímulo na derrota de Sarney na sua terra natal. Mesmo com o apoio pessoal de Lula, que até subiu em palanques, Sarney perdeu feio.
O governador Jackson Lago, que figura como vítima de Sarney na combinação de Sarney com o filho flagrada na escuta feita pela PF, na época liderava uma coligação de partidos com um nome que parece saído de lutas anticoloniais: Frente de Libertação do Maranhão. E pelo menos de Sarney a Frente libertou o Maranhão. Com a vitória de |Lago sobre Roseana Sarney, então no PFL e hoje, pelo menso até onde se sabe, no PMDB, encerrava-se quarenta anos de dominação total dos Sarney no Maranhão.
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POR José Pires
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