sexta-feira, 6 de março de 2009

Sobre excomunhão

Um comentário de Newton Moratto, postado no texto que escrevi sobre as retrógadas ações do arcebispo de Olinda e Recife, dom José Cardoso Sobrinho, traz informações escarecedoras sobre o ato da excomunhão na Igreja Católica. Moratto escreve usando como referência as intervenções recentes de Janer Cristaldo nesta polêmica. Cristaldo publica um blog, que hoje é um dos um do melhores da internet. No texto de Cristaldo, que pode ser acessado por aqui, você pode encontrar outras informações muito importantes sobre o tema, sendo ele um conhecedor da história das religiões. Vamos ao comentário do Moratto:

Esta história (que mais parece uma estória) é de doer mesmo. Então você não sabe como funciona esse negócio de excomunhão? Não creio que esteja muito preocupado com isto. Bem eu sei.

Contudo, o há pouco lembrado por você, Janer Cristaldo, num texto escrito logo depois do teu procurou esclarecer, e parece, ao menos em parte, que sabe como as coisas acontecem nos porões da igreja católica. Veja o que Janer diz:
"Mas não se preocupem os excomungados. Seus nomes não irão para a Serasa, nem serão privados de direitos de cidadão. As penas que atingem o excomungado são de outra natureza. A excomunhão é uma censura pela qual se exclui a alguém da comunhão dos fiéis e não pode consistir mais que na privação dos bens de que dispõe a Igreja, isto é, os bens espirituais ou anexos aos espirituais, mediante os quais a Igreja ajuda os fiéis, em nome de Deus, a conseguir a salvação. Por isso, a exclusão da comunhão dos fiéis representa um significado eminentemente canônico, isto é, a privação de todos os meios de que dispõe a Igreja e a comunidade dos fiéis para a salvação. A excomunhão proíbe receber os sacramentos, exceto a penitência e a unção dos enfermos, e celebrar ou administrar os sacramentos e sacramentais."

Faço força e me apresso em trazer a resposta, pois bem sei que a lembrada questão do Serasa pelo Janer Cristaldo é de suma importância para alguns católicos, que podem ou não saber como funciona ao certo o rito da excomunhão. Daí porque convém esclarecer.

Aliás, uma outra questão ronda e intriga o espírito do Janer, que a considero muito procedente, pois desde o primeiro momento que ouvi esta história da excomunhão também fiquei um tanto atormentado. Observa o nobre jornalista: "Além do mais, em seu ímpeto de proferir aiatolices, Dom José sequer se preocupou em saber se os responsáveis pelo aborto da menina pertenciam à Igreja Católica. Pois só pode ser excomungado quem a ela pertence."

Se são ou não católicos eu também não sei, mas aos católicos reafirmo o que está acima: para o Serasa é certo que não ficarão cadastrados.

Newton Moratto

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