Houve um tempo em que se falava muito no Brasil de um tal “ouro de Moscou”. A expressão havia sido criada para acusar os comunistas brasileiros, que teriam suas atividades no Brasil financiadas pela União Soviética. Em certo período a acusação pareceu um exagero dos conservadores e da Ditadura Militar. Tinha gente que achava até uma calúnia contra a esquerda.
Porém, depois do colapso do comunismo na União Soviética em 1991 apareceram documentos comprovando que realmente vinha dinheiro do Partido Comunista Soviético para os comunistas brasileiros do antigo Partido Comunista Brasileiro, o PCB, ou Pecezão, como também era conhecido.
Hoje o PCB praticamente não existe mais no país. É um dos partidos nanicos, bem pequeno mesmo, sem representação no Congresso Nacional e talvez nem tenha alguém eleito para qualquer cargo em todo o território nacional. Hoje, o partido representante do comunismo no Brasil é o Partido Comunista do Brasil, o PCdoB. Até 1962, seus militantes faziam parte do PCB. O PCdoB nunca foi próximo da União Soviética, apesar de ter sido sempre stalinista. São até hoje, mesmo com todos os crimes de Stálin. Crimes, aliás, que estão por trás da origem do partido em 1962.
Foi de um rompimento com o PCB, por contrariedade à denúncia dos crimes de Stálin, que nasceu o partido dos bravos camaradas de Lula.
Vê-se, então, que dinheiro é um problema histórico para os comunistas brasileiros. Moscou era longe, a polícia estava sempre por perto: era brabo. E, pelo jeito continua sendo um problema para eles mexer com dinheiro. Agora aparecem problemas no ministério cedido aos comunistas por Lula.
O Ministério do Esporte é hoje do PCdoB, tendo à frente o comunista Orlando Silva. O ministro ficou conhecido no ano passado por ter pago com um cartão corporativo uma nota de tapioca, que custou R$ 8,30. Na época, quando foi também acusado de gastar 20 mil reais com o cartão, ele disse que o pagamento da tapioca havia sido um engano.
Com as denúncias, Silva teve uma atitude surpreendente. Um dia depois da demissão da ministra Matilde Ribeiro por causa dos gastos pessoais com cartão corporativo, ele devolveu todos os gastos que fez com cartão, em um total de R$ 30.870,78.
O ministro disse à imprensa que os gastos haviam sido feitos dentro da “absoluta legalidade”, mas fez questão de devolver para evitar polêmica.
Agora as suspeitas recaem sobre um repasse milionário de verbas para uma ONG sob a direção do partido. E não foi por falta de aviso. O Ministério do Esporte já havia sido alertados pelo Tribunal de Contas da União sobre a falta de critérios objetivos no repasse de verbas para entidades. Segundo o TCU, havia precariedade na análise da capacidade técnica das entidades.
Pois em 2008 o ministério repassou R$ 8,5 milhões para a organização não-governamental Bola Pra Frente. A ONG é dirigida pela ex-jogadora de basquete Karina Valéria Rodrigues, eleita vereadora em 2008 e filiada ao PC do B.
Com o perdão do trocadilho, é uma bolada e tanto. No ranking de repasses do ministério, o Bola Pra Frente só perdeu para o Comitê Olímpico Brasileiro, com R$ 28,7 milhões, e a Confederação Brasileira de Futebol de Salão, com R$ 24, 9 milhões, que foi responsável pela organização do mundial da modalidade no ano passado.
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POR José Pires
Porém, depois do colapso do comunismo na União Soviética em 1991 apareceram documentos comprovando que realmente vinha dinheiro do Partido Comunista Soviético para os comunistas brasileiros do antigo Partido Comunista Brasileiro, o PCB, ou Pecezão, como também era conhecido.
Hoje o PCB praticamente não existe mais no país. É um dos partidos nanicos, bem pequeno mesmo, sem representação no Congresso Nacional e talvez nem tenha alguém eleito para qualquer cargo em todo o território nacional. Hoje, o partido representante do comunismo no Brasil é o Partido Comunista do Brasil, o PCdoB. Até 1962, seus militantes faziam parte do PCB. O PCdoB nunca foi próximo da União Soviética, apesar de ter sido sempre stalinista. São até hoje, mesmo com todos os crimes de Stálin. Crimes, aliás, que estão por trás da origem do partido em 1962.
Foi de um rompimento com o PCB, por contrariedade à denúncia dos crimes de Stálin, que nasceu o partido dos bravos camaradas de Lula.
Vê-se, então, que dinheiro é um problema histórico para os comunistas brasileiros. Moscou era longe, a polícia estava sempre por perto: era brabo. E, pelo jeito continua sendo um problema para eles mexer com dinheiro. Agora aparecem problemas no ministério cedido aos comunistas por Lula.
O Ministério do Esporte é hoje do PCdoB, tendo à frente o comunista Orlando Silva. O ministro ficou conhecido no ano passado por ter pago com um cartão corporativo uma nota de tapioca, que custou R$ 8,30. Na época, quando foi também acusado de gastar 20 mil reais com o cartão, ele disse que o pagamento da tapioca havia sido um engano.
Com as denúncias, Silva teve uma atitude surpreendente. Um dia depois da demissão da ministra Matilde Ribeiro por causa dos gastos pessoais com cartão corporativo, ele devolveu todos os gastos que fez com cartão, em um total de R$ 30.870,78.
O ministro disse à imprensa que os gastos haviam sido feitos dentro da “absoluta legalidade”, mas fez questão de devolver para evitar polêmica.
Agora as suspeitas recaem sobre um repasse milionário de verbas para uma ONG sob a direção do partido. E não foi por falta de aviso. O Ministério do Esporte já havia sido alertados pelo Tribunal de Contas da União sobre a falta de critérios objetivos no repasse de verbas para entidades. Segundo o TCU, havia precariedade na análise da capacidade técnica das entidades.
Pois em 2008 o ministério repassou R$ 8,5 milhões para a organização não-governamental Bola Pra Frente. A ONG é dirigida pela ex-jogadora de basquete Karina Valéria Rodrigues, eleita vereadora em 2008 e filiada ao PC do B.
Com o perdão do trocadilho, é uma bolada e tanto. No ranking de repasses do ministério, o Bola Pra Frente só perdeu para o Comitê Olímpico Brasileiro, com R$ 28,7 milhões, e a Confederação Brasileira de Futebol de Salão, com R$ 24, 9 milhões, que foi responsável pela organização do mundial da modalidade no ano passado.
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POR José Pires
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