segunda-feira, 6 de abril de 2009

Em baixa, mesmo com o caixa cheio

O ministro Paulo Bernardo tem sua base eleitoral no Paraná. Não tem nenhum apreço por esta ou aquela cidade. Mas qual petista tem? A cartilha partidária deles parece ter como o objetivo apenas o poder, não importa onde. Começou em Londrina, passou pelo Mato Grosso, voltou à Londrina, e hoje está de olho em Curitiba. Dizem que até seu título eleitoral já é da capital paranaense.

O PT do Paraná nunca teve facilidade na arrecadação de verbas de campanha eleitoral até que Paulo Bernardo foi para o ministério de Lula. Desde então, o caixa aparece ter aumentado de forma extraordinária. No mês passado, com as denúncias de doações ilegais da empreiteira Camargo Correia feitas pela Polícia Federal o PT nacional apareceu como o partido que mais recebeu dinheiro da construtora, com um destaque especial para os paranenses.

A maior doação foi para a mulher de Paulo Bernardo, Gleisi Hoffmann, candidata à prefeitura da capital paranaense. A mulher do ministro fez uma campanha caríssima, mas nem foi ao segundo turno. A eleição foi decidida por Beto Richa, reeleito no primeiro turno com 77,27% dos votos válidos.

Richa tem seus predicados, mas o Paraná é um dos estados do Sul do país vacinados contra o PT. Mesmo com o caixa cheio e fazendo campanhas bem caras, os petistas foram derrotados fragorosamente nas cidades mais importantes do estado. Em Londrina, cidade em que o ministro começou sua carreira política e onde é o mais poderoso chefe partidário, na eleição para prefeito o PT ficou em quinto lugar com 5.36% dos votos.

Para ler a reportagem de Época na íntegra clique aqui.
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POR José Pires

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