A medida mais eficiente até agora sobre a gripe suína foi a mudança de nome. Como agora é chamada Gripe A, foi-se a gripe suína. Mas a bagunça é geral com a gripe A.
O ministério da Saúde deixou a cargo dos estados e municípios medidas importantes como o fechamento de escolas e outros estabelecimentos onde junta público. O resultado é que até câmaras de vereadores já estão legislando sobre o assunto. E vereadores, bem, não é preciso falar sobre o nível dos nossos políticos municipais.
Em várias cidades escolas já estão fechadas há semanas. Universidades também deixaram de funcionar. Já tem gente falando em fechar o comércio, impedindo o funcionamento de shopping-centers.
É um comportamento estranho, quando o próprio ministro da Saúde diz que não há necessidade desse tipo de medida e de que são totalmente ineficazes. Mas então porque o ministério da Saúde não manteve a centralização no controle da doença?
Aqui temos um dignóstico antigo. Como ninguém sabe o que vai ser desta doença, já pensam em se eximir de possíveis danos. É o de sempre, o velho hábito de lavar as mãos e não como a medida profilática indicada para tantas doenças, mas para evitar os riscos políticos caso haja um agravamento, com um número elevado de mortes pelo país afora. É um remédio que não evita problemas na saúde, mas dá para o responsável se safar.
Fazendo o de sempre, Lula no início da epidemia veio com a conhecida bravata do Brasil como um país blindado contra tudo. Porém, o avanço do contágio parece estar causando o medo entrarmos em 2010 com a gripe contaminando seu palanque eleitoral.
Nem era preciso um problema como este para desmentir sua conversa de que temos um sistema de saúde pública eficiente. Mas o pânico criado em torno da gripe prova que caso haja alguma epidemia realmente grave no Brasil, estaremos todos nas mãos de Deus. E Deus, bem, basta ver o estado da África para ver que nesta área ele nada resolve.
O bate-cabeças de dirigentes e profissionais da saúde com a gripe A é geral. Mas evidentemente pesa bastante a tal lavagem de mãos que começou no ministério da Saúde de Lula. Qual é o diretor ou proprietário de escola que não teme que alguma criança adoeça gravemente, com a possível acusação de a escola não ter tomado medidas preventivas adequadas? Todos temem, é caro. Assim como prefeitos, governadores e até vereadores, ninguém quer correr tal risco.
Parece que o temor não é apenas de que aconteça uma mortandade como a da Gripe Espanhola. Os mortos não são a questão essencial. O que aflige nossos dirigentes é a responsabilidade sobre uma questão que até o momento ainda é uma incógnita.
A verdade é que a Gripe A acabou sendo politizada. Acontece isso com praticamente tudo neste país. É como uma doença contagiosa. Portanto, não é nenhuma surpresa que isso tenha acontecido também com essa epidemia.
A epidemia de gripe é nacional. Com isso, não acho que faça sentido que seu controle não esteja centralizado no ministério da Saúde. Isso evitaria o clima de pânico que se alastra e até de medidas que parecem ir na contramão de um controle real da situação. Como o fechamento de escolas, por exemplo.
Ora, para mim parece evidente que, apenas para falar deste caso, as crianças estariam bem melhor protegidas nas escolas, observadas por professores bem informados e até treinados no controle da doença. Seria inclusive um um modo mais eficaz para o tratamento e o isolamento dos doentes. A criança aparentar ter a gripe? Aí sim ele segue para tratamento, vai para casa e lá fica isolada, até melhorar e voltar ao convívio com os colegas.
Fechar as escolas e mandar a criançada para casa chega a ser uma estupidez se considerarmos a baixa condição cultural e material de muitas famílias brasileiras, em cujas casa chega até a faltar comida.
Entretanto, num país de prevaricadores como o nosso tem acontecido coisas que até parece piada. Em várias cidades a secretaria de saúde local distribui cartazes alertando que as pessoas evitem ônibus com superlotação. Espera aí! Tranpsorte público com superlotação é algo fora da lei e é o próprio município que tem a responsabilidade de evitar isso. Haja ou não gripe A.
É que é tamanha a pressa em se eximir de responsabilidades, que se esquece das obrigações básicas que jamais são cumpridas. Quanto ao pânico geral, bem, quanto ao pânico geral, caso isso também fique mais grave, já devem estar pensando em algum remédio. Dos municípios ao governo federal, passando pelos estados e até instituições privadas, todos já devem estar elaborando um meio de lavar as mãos.
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POR José Pires
O ministério da Saúde deixou a cargo dos estados e municípios medidas importantes como o fechamento de escolas e outros estabelecimentos onde junta público. O resultado é que até câmaras de vereadores já estão legislando sobre o assunto. E vereadores, bem, não é preciso falar sobre o nível dos nossos políticos municipais.
Em várias cidades escolas já estão fechadas há semanas. Universidades também deixaram de funcionar. Já tem gente falando em fechar o comércio, impedindo o funcionamento de shopping-centers.
É um comportamento estranho, quando o próprio ministro da Saúde diz que não há necessidade desse tipo de medida e de que são totalmente ineficazes. Mas então porque o ministério da Saúde não manteve a centralização no controle da doença?
Aqui temos um dignóstico antigo. Como ninguém sabe o que vai ser desta doença, já pensam em se eximir de possíveis danos. É o de sempre, o velho hábito de lavar as mãos e não como a medida profilática indicada para tantas doenças, mas para evitar os riscos políticos caso haja um agravamento, com um número elevado de mortes pelo país afora. É um remédio que não evita problemas na saúde, mas dá para o responsável se safar.
Fazendo o de sempre, Lula no início da epidemia veio com a conhecida bravata do Brasil como um país blindado contra tudo. Porém, o avanço do contágio parece estar causando o medo entrarmos em 2010 com a gripe contaminando seu palanque eleitoral.
Nem era preciso um problema como este para desmentir sua conversa de que temos um sistema de saúde pública eficiente. Mas o pânico criado em torno da gripe prova que caso haja alguma epidemia realmente grave no Brasil, estaremos todos nas mãos de Deus. E Deus, bem, basta ver o estado da África para ver que nesta área ele nada resolve.
O bate-cabeças de dirigentes e profissionais da saúde com a gripe A é geral. Mas evidentemente pesa bastante a tal lavagem de mãos que começou no ministério da Saúde de Lula. Qual é o diretor ou proprietário de escola que não teme que alguma criança adoeça gravemente, com a possível acusação de a escola não ter tomado medidas preventivas adequadas? Todos temem, é caro. Assim como prefeitos, governadores e até vereadores, ninguém quer correr tal risco.
Parece que o temor não é apenas de que aconteça uma mortandade como a da Gripe Espanhola. Os mortos não são a questão essencial. O que aflige nossos dirigentes é a responsabilidade sobre uma questão que até o momento ainda é uma incógnita.
A verdade é que a Gripe A acabou sendo politizada. Acontece isso com praticamente tudo neste país. É como uma doença contagiosa. Portanto, não é nenhuma surpresa que isso tenha acontecido também com essa epidemia.
A epidemia de gripe é nacional. Com isso, não acho que faça sentido que seu controle não esteja centralizado no ministério da Saúde. Isso evitaria o clima de pânico que se alastra e até de medidas que parecem ir na contramão de um controle real da situação. Como o fechamento de escolas, por exemplo.
Ora, para mim parece evidente que, apenas para falar deste caso, as crianças estariam bem melhor protegidas nas escolas, observadas por professores bem informados e até treinados no controle da doença. Seria inclusive um um modo mais eficaz para o tratamento e o isolamento dos doentes. A criança aparentar ter a gripe? Aí sim ele segue para tratamento, vai para casa e lá fica isolada, até melhorar e voltar ao convívio com os colegas.
Fechar as escolas e mandar a criançada para casa chega a ser uma estupidez se considerarmos a baixa condição cultural e material de muitas famílias brasileiras, em cujas casa chega até a faltar comida.
Entretanto, num país de prevaricadores como o nosso tem acontecido coisas que até parece piada. Em várias cidades a secretaria de saúde local distribui cartazes alertando que as pessoas evitem ônibus com superlotação. Espera aí! Tranpsorte público com superlotação é algo fora da lei e é o próprio município que tem a responsabilidade de evitar isso. Haja ou não gripe A.
É que é tamanha a pressa em se eximir de responsabilidades, que se esquece das obrigações básicas que jamais são cumpridas. Quanto ao pânico geral, bem, quanto ao pânico geral, caso isso também fique mais grave, já devem estar pensando em algum remédio. Dos municípios ao governo federal, passando pelos estados e até instituições privadas, todos já devem estar elaborando um meio de lavar as mãos.
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POR José Pires
José Pires,
ResponderExcluirA descentralização da administração pública é o modelo de gestão adotado no país.
O que o Ministério da Saúde faz é orientar a população e as Secretarias Estaduais quanto aos melhores procedimentos de contenção da pandemia e disponibilizar os recursos necessários para que cada unidade da federação (com suas particularidades geográficas, climáticas e partidárias) tome as decisões cabíveis para conter os avanços da Influenza A (H1N1) no Brasil.
Para mais informações:
fernanda.scavacini@saude.gov.br
Assessoria de Comunicação
Ministério da Saúde