terça-feira, 8 de setembro de 2009

Claque lulo-petista

As viagens do presidente Lula à África não foram em vão. Ele aprendeu muito por lá. O petista não trouxe o segredo para ficar mais de 20 anos no poder, como ficou curioso em saber de um dos ditadores a quem fez gracejos e trocou amabilidades, mas já está colocando em prática o modo deles forjarem popularidade para ficarem bem com os visitantes estrangeiros.

No desfile de Sete de Setembro em Brasília, o governo fez ocupar com uma claque de simpatizantes as arquibancadas mais próximas do palanque principal, onde estava Lula e as demais autoridades.

Na arquibancada chapa-branca só entrou gente disposta a aplaudir, inclusive com camisas promocionais distribuídas pelo governo da candidatura do Brasil a sede das Olimpíadas de 2016. Para entrar, era preciso apresentar um convite oficial distribuído pela Presidência da República.

Quando desceu do palanque para receber o presidente Nicolas Sarkozy, Lula fez questão de levar o francês até sua claque particular. É claro que os dois foram aplaudidos. Sarkozy não deve ter estranhado. Eles já tiveram tratamento semelhante ao longo da história colonial da França.

Aquele amigo do Lula, o Chico Buarque, dizia que o Brasil um dia ainda haveria de tornar-se “um imenso Portugal”. Pois é, nem chegamos a tanto. Com os hábitos do lulo-petismo, estamos virando apenas uma África um pouco menor.
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POR José Pires

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