sexta-feira, 5 de março de 2010

Vai lavar teu tcherembó

José Rimabar Bessa Freire escreve em seu site com cara de blog, o Taquiprati, sobre a a política do Amazonas e traz uma expressão de indignação que devia ser implantada nacionalmente. É “Vai lavar teu tcherembó”, uma frase em guarani para ser usada quando alguém vem com alguma proposta indecente, o que é muito comum na política brasileira.

Em uma crônica longa, mas que a gente acompanha com paciência pois é bem escrita, Bessa Freire conta vários fatos interessantes lá daquelas bandas, de política ou não pois sua prosa é de “várias ramas”, como ele diz.

E traz esta expressão ótima: “Vai lavar teu tcherembó”. Nem precisa dizer o que é isso, pois é evidente que a coisa está suja. Além disso, o acento no final dá uma força para a indignação que poucas expressões de branco permitem.

“Vai lavar teu tcherembó” permite também uma diversificação rara. Não é como certos palavrões, que já adquiriram endereço certo ou acabam nulos em eleição disputada por homens e mulheres.

“Vai lavar teu tcherembó”, não. Serve para todos. Até para candidato negro, se aparecer um Obama local, já que tcherembó não tem diferença de cor, sexo ou religião. É um xingamento igualitário.

Pode ser usado por quem não gosta da Dilma Rousseff, do José Serra, também do Ciro Gomes, o neopaulista que ainda nem sabe para onde vai nesta eleição, e até mesmo, como não?, para a pacata Marina Silva.

Quer saber mais sobre esse negócio de lavar o tcherembó? Vai lá no Taquiprati.

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