O grande problema ético no Brasil é que fica barato transgredir a lei. Em política então é quase sempre um negócio certo. Normalmente é até mais barato passar por cima da lei do que seguir qualquer regra moral. Fazer política com ética é coisa muito trabalhosa, exigindo um esforço cotidiano na construção partidária e no convencimento do eleitor usando processos democráticos que nunca atendem ao ritmo acelerado exigido por espertalhões.
O presidente Lula sabe bem disso. Pegou experiência no assunto nas variadas reuniões partidárias pelo país afora, tendo que ouvir e algumas vezes acatar opiniões das quais ele discordava. São os trâmites partidários e regras de relações de qualquer grupo democrático, um comportamento que é na maioria das vezes objeto de ironia, mas que é o correto. É o que tem ser feito.
No ano anterior a sua eleição para presidente Lula chutou o balde. Disse que só continuava na brincadeira se pudesse contratar um bom marqueteiro, ter bastante dinheiro pra campanha e fazer o que bem quisesse. E como deu certo, nunca mas ele aceitou outra coisa.
Deu certo pra eles, é claro, porque para o país... Ora, companheiros, mas o que é o país em relação a um projeto como nunca houve neste país desde Cabral, ou melhor, até um pouquinho antes desse português que, a exemplo de D. Pedro II, Getúlio Vargas, Juscelino Kubitscheck, João Goulart, Itamar Franco e Fernando Henrique Cardoso, nunca soube o que é bom para o Brasil.
Nesta questão de legalidade e padrões morais, Lula e seus companheiros continuam chutando o balde até hoje. E como o ingrediente ativo deste jogo sujo é a impunidade, algo sempre certo na política brasileira, não tem como errar. É menos uma questão de sorte e muito mais de ter a cara-de-pau para fazer a safadeza.
Então acabam ganhando mais do que aplicando na Bolsa em papéis de empresas de áreas de seu domínio político.
Ontem o Tribunal Superior Eleitoral resolveu pela punição do PT pelo programa exibido em dezembro do ano passado. Não foi um programa eleitoral tão descarado quanto o que foi exibido pelo partido também no dia de ontem, mas só porque enquanto esgarçam as malhas da lei eles vão avançando mais e mais na ilegalidade.
O programa do ano passado que motivou a punição era também um absurdo. Nada tinha de partidário. Era propaganda eleitoral da candidata Dilma fora do prazo legal e usando um horário do PT concedido para fins partidários.
E ficou barato. A multa para o PT é de R$ 20 mil para o partido e a de Dilma Roussef é de R$ 5 mil. O PT terá cassado também o horário semestral do partido, mas (não, não é piada...) isso será só em 2011, bem depois desta eleição onde esperam colher o resultado da maracutaia. Imaginem quanto tempo não seria consumido para que a candidata do Lula conquistasse algo parecido pelos meios legais. E, também, R$ 25 mil reais chega a ser ridículo numa campanha que deve custar, por baixo, R$ 150 milhões.
Não falei que dá lucro desrespeitar a lei? Só falta o Duda Mendoça para fazer como na primeira eleição do Lula e mandar trazer um Romanée Conti, o vinho mais caro do mundo, para a comemoração do feito. Se é que falta.
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POR José Pires
O presidente Lula sabe bem disso. Pegou experiência no assunto nas variadas reuniões partidárias pelo país afora, tendo que ouvir e algumas vezes acatar opiniões das quais ele discordava. São os trâmites partidários e regras de relações de qualquer grupo democrático, um comportamento que é na maioria das vezes objeto de ironia, mas que é o correto. É o que tem ser feito.
No ano anterior a sua eleição para presidente Lula chutou o balde. Disse que só continuava na brincadeira se pudesse contratar um bom marqueteiro, ter bastante dinheiro pra campanha e fazer o que bem quisesse. E como deu certo, nunca mas ele aceitou outra coisa.
Deu certo pra eles, é claro, porque para o país... Ora, companheiros, mas o que é o país em relação a um projeto como nunca houve neste país desde Cabral, ou melhor, até um pouquinho antes desse português que, a exemplo de D. Pedro II, Getúlio Vargas, Juscelino Kubitscheck, João Goulart, Itamar Franco e Fernando Henrique Cardoso, nunca soube o que é bom para o Brasil.
Nesta questão de legalidade e padrões morais, Lula e seus companheiros continuam chutando o balde até hoje. E como o ingrediente ativo deste jogo sujo é a impunidade, algo sempre certo na política brasileira, não tem como errar. É menos uma questão de sorte e muito mais de ter a cara-de-pau para fazer a safadeza.
Então acabam ganhando mais do que aplicando na Bolsa em papéis de empresas de áreas de seu domínio político.
Ontem o Tribunal Superior Eleitoral resolveu pela punição do PT pelo programa exibido em dezembro do ano passado. Não foi um programa eleitoral tão descarado quanto o que foi exibido pelo partido também no dia de ontem, mas só porque enquanto esgarçam as malhas da lei eles vão avançando mais e mais na ilegalidade.
O programa do ano passado que motivou a punição era também um absurdo. Nada tinha de partidário. Era propaganda eleitoral da candidata Dilma fora do prazo legal e usando um horário do PT concedido para fins partidários.
E ficou barato. A multa para o PT é de R$ 20 mil para o partido e a de Dilma Roussef é de R$ 5 mil. O PT terá cassado também o horário semestral do partido, mas (não, não é piada...) isso será só em 2011, bem depois desta eleição onde esperam colher o resultado da maracutaia. Imaginem quanto tempo não seria consumido para que a candidata do Lula conquistasse algo parecido pelos meios legais. E, também, R$ 25 mil reais chega a ser ridículo numa campanha que deve custar, por baixo, R$ 150 milhões.
Não falei que dá lucro desrespeitar a lei? Só falta o Duda Mendoça para fazer como na primeira eleição do Lula e mandar trazer um Romanée Conti, o vinho mais caro do mundo, para a comemoração do feito. Se é que falta.
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POR José Pires
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