quinta-feira, 1 de julho de 2010

Apanhando pra fazer política

O PT não tem jeito. Tão feio quanto não compreender em pleno século 21 os males que o socialismo real fez para o ser humano é usar a história desse socialismo para assaltar os cofres públicos. E hoje o PT é composto desses dois tipos de pessoas.

Temos que tirar essa gente do poder. Mas então é preciso votar, não? E para isso temos que nos contentar com as opções que aí estão. Não acho que haja tempo para apostar em projetos eleitorais de longo prazo. E não digo isso só em termos de Brasil — olha a água acabando, gente...

Mas quem tirar o lulo-petismo do poder terá sérias dificuldades pela frente. Vai ter administrar trabalhar duro para administrar um país avariado demais em sua infraestrutura, com graves problemas urbanos e ambientais e, juntamente com esta trabalheira, terá de conviver com a agressividade do PT fora do poder. E enquanto toureia nas ruas a má-vontade petista, muito bem armada com sindicatos por detrás, este presidente terá também outra trabalheira para preservar neste confronto a democracia.

Para essa tarefa será preciso boas parcerias. E o parceiro mais destacado de Serra, o DEM mostrou nesta crise do vice que sua presença nesta aliança tem o objetivo exlusivo da conquista do poder. Não há projeto político. Para mim não há surpresa, pois sei que o sangue do PFL vibra forte no coração do DEM. Só mudou o logotipo. Até o suposto perfil liberal do partido é lorota que serve apenas de chacota para petistas. Pelo país afora o DEM é um partido sem bases na sociedade civil e com o mesmo perfil de qualquer outro partideco da base de Lula: assistencialista, anacrônico e a serviço das piores forças políticas do interior brasileiro.

É nas crises que os partidos mostram o que realmente são. E esta crise do vice de Serra teve pelo menos a utilidade de forçar que o DEM revelasse sua verdadeira cara já de início.

A carga simbólica do DEM, aquele sangue forte do PFL de que falei, pôde ser vista na reação do presidente do partido. Numa crise que deveria ser resolvida sem alarde, o deputado Rodrigo Maia agiu de modo público com a energia destrutiva que se espera de um adversário, nunca de um parceiro.

Se Maia usasse metade desta agressividade contra seu colega de partido e amigo pessoal, o ex-governador Arruda, quando aconteceu a roubalheira em Brasília, talvez o DEM até ficasse com uma imagem menos avariada na opinião pública.

Maia tem personalidade de petista. Existe aquela expressão popular que diz que fulano "apanhou para ir trabalhar", não? Pois Rodrigo Maia sempre dá a impressão de que apanhou para ir fazer política. Será que o ex-prefeito Cesar Maia faz isso com seu filho?
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POR José Pires

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