domingo, 1 de agosto de 2010

Chega o mês do cachorro louco e suas coincidências

Pelo jeito este agosto promete fazer jus à fama popular de ser o mês do cachorro louco. Disparos contra quartel da Rota, tiros contra o comandante da tropa em sua própria casa, veículos incendiados. É mês de cachorro louco e de cachorros bem grandes.

Mas tem uma coisa muito curiosa: os anos eleitorais parecem ter uma relação com este fenômeno dos cachorros loucos. Em 2006 aconteceu coisa parecida em São Paulo, com os ataques do PCC na capital e em cidades importantes do interior paulista. E foi também há poucos meses da eleição. Daquela vez foi em maio.

Naquele ano tinha também um ex-governador paulista disputando a eleição presidencial em que Lula foi reeleito. Era Geraldo Alckmin. E este ano, quando temos paulista de novo na disputa e agora com mais chances de ser eleito, o terror recomeça.

Outro fato curioso é que a bagunça só acontece em São Paulo, exatamente onde existem números que mostram queda da criminalidade em todo o estado. Em um país aterrorizado de norte a sul pela violência e o avanço do crime organizado, mostrar esses dados no horário eleitoral que começa dentro de duas semanas daria um reforço na candidatura de José Serra.

Mas se persistir este clima, é evidente que será bem mais complicado para o tucano capitalizar estes bons resultados de sua atuação como governador de São Paulo, exatamente na segurança, área que terá muita influência na decisão do eleitor.

Calma, não estou acusando nenhum partido ou candidato, mas creio que é interessante registrar a coincidência. De qualquer forma, é um dado a mais para o mito do mês do cachorro louco.
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POR José Pires

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