domingo, 15 de agosto de 2010

Lula e Collor, companheiros de discurso afinado

Tem muita gente contente com Lula na presidência da República e muitos com razão de sobra para tanta alegria. Fernando Collor é um que não esconde a satisfação. Ao contrário, fez até jingle apresentando orgulhosamente sua parceria com Lula e a candidata Dilma Rousseff. É um jingle verdadeiro, uma peça histórica que sintetiza de forma precisa o círculo que se fechou juntando os ex-desafetos Collor e Lula. Escrevi aqui no blog sobre isso. Mas infelizmente o jingle foi proibido pela Justiça Eleitoral. Porém, rapidinho Collor tirou da fornalha outro com uma estrofe que diz "Não adianta, o povo sabe quem tá apoiando quem, o povo tá decidido e vai apoiar também".

Collor está animadíssimo com o companheiro. "Lula vai encerrar o mandato como o melhor presidente que o Brasil já teve", ele disse a uma rádio alagoana. A Folha de S. Paulo trouxe uma matéria neste domingo sobre o tom de sua campanha em Alagoas. A batida é bem parecida com a de Lula no plano nacional. Também não é diferente do que Dilma faz no plano nacional. Collor é o "pai" dos pobres alagoanos. Dilma se apresenta como a mãe dos brasileiros.

Collor também se faz de vítima. Seu impeachment foi "vingança dos ricos". E ele foi "crucificado" e perseguido por inimigos "do sul". No seu discurso, "a discriminação é muito grande em relação ao Nordeste". Sabemos como é isso. Deve ser a mesma elite que fica tentando impedir Lula ajudar o povo. Collor lá no Nordeste e Lula aqui no Sul, o discurso é bem afinado.

Na reportagem deste domingo a Folha publicou vários depoimentos de populares. Merece destaque o da dona de casa Edineide Silva, uma jovem de 28 anos, que diz o seguinte sobre Collor: "Mesmo roubando, eu voto nele."

Os petistas estão de parabéns. Parece que esse negócio de não ter medo de ser feliz está se tornando um sentimento popular.
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POR José Pires

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