O Comitê de Campanha da Dilma Rousseff me mandou há pouco um e-mail pedindo colaboração financeira. Avisam que ja estão abertos para doações, que podem ser feitas pelo cartão de crédito. Cartão corporativo evidentemente eles não aceitam, ó gente malvada.
Para garota-propaganda pegaram a mulher do presidente Lula. No vídeo, dona Marisa diz que é muito simples fazer a doação: "É fácil, muito fácil. É só digitar o número e tal, põe o seu CPF, o seu nome e pronto, já tá certo a doação pra Dilma", ela diz de forma bem coloquial. E com esta declaração sucinta ela deve ter chegado bem próximo da marca de cinco minutos de falas em quase oito anos de vida pública, desde que o marido assumiu a presidência da República. É também sua frase mais relevante em tantos anos, talvez a única que deva ser levada em conta. Sem trocadilho.
A primeira-dama poderia com certeza doar bastante dinheiro para o partido do marido, afinal os Silva são hoje uma família muito rica. Isso sem contar Lulinha, o filho-prodígio que ficou milionário ainda bem jovem e apenas numa tacada. Mas a doação da primeira-dama foi de apenas R$ 1.113,00 reais, uma quantia de marqueteiro, por certo.
Quem comparece sempre aqui ao blog, sabe que gosto dessas simbologias que os petistas nos apresentam com certa regularidade. Gostei dessa também, não a do número do partido inserido na doação (que sacada original, hein?), mas do uso da mulher do Lula como garota-propaganda de anúncio de doação para campanha eleitoral. Nessa o marqueteiro caprichou: é muito significativo.
No vídeo se apresenta também o tesoureiro do PT, José de Filippi, pedindo para o eleitor comparecer com algum para a campanha petista. Em cena, Fillippi não pensa duas vezes antes de dar um abraço na mulher do presidente da República. Vejam a imagem acima. Não fiz nenhum retoque ou qualquer outra interferência na cena. É uma reprodução exata da inacreditável expressão facial de Fillippi, que vocês podem ver aqui.
Sei lá, talvez eu seja um cara à antiga ou pode ser minha natural relutância a esta desfaçatez que eles costumam justificar como uma falta de medo de ser feliz, mas eu preferia viver em um país em que houvesse um pouco mais de respeito com a mulher do presidente da República. Esse negócio de marmanjo meter o bração em volta dos ombros de uma mulher é coisa que não fica bem com mulher alguma. Mulher casada, muito menos.
Filippi safou-se recentemente da Lei da Ficha Limpa. Ele havia sido condenado pelo Tribunal de Justiça de São Paulo em maio, a devolver R$ 2,1 milhões para os cofres da prefeitura de Diadema, cidade onde foi prefeito. A condenação foi por causa da contratação sem licitação do escritório de advocacia do líder petista Luiz Eduardo Greenhalgh, contratado pela prefeitura de Diadema entre 1983 e 1996. Greenhalgh defendeu apenas duas causas e ganhou cerca de R$ 2,1 milhões para isso.
No início deste mês. Filippi, que é candidato a deputado federal, foi salvo pelo STJ (Superior Tribunal de Justiça), que suspendeu a condenação por improbidade administrativa.
Numa campanha como esta também seria natural que sentíssemos a falta do Delúbio Soares, o tesoureiro que tornou-se um símbolo histórico do PT. Como imagem da capacidade de arrecadação do partido, Delúbio é insubstituível. Mas pela expressão de Filippi, que agora ocupa a cobiçada cadeira que Delúbio teve que abandonar para sentar-se na cadeira de réu do STF, dá para ver que ele já pegou o espírito da coisa.
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POR José Pires
Para garota-propaganda pegaram a mulher do presidente Lula. No vídeo, dona Marisa diz que é muito simples fazer a doação: "É fácil, muito fácil. É só digitar o número e tal, põe o seu CPF, o seu nome e pronto, já tá certo a doação pra Dilma", ela diz de forma bem coloquial. E com esta declaração sucinta ela deve ter chegado bem próximo da marca de cinco minutos de falas em quase oito anos de vida pública, desde que o marido assumiu a presidência da República. É também sua frase mais relevante em tantos anos, talvez a única que deva ser levada em conta. Sem trocadilho.
A primeira-dama poderia com certeza doar bastante dinheiro para o partido do marido, afinal os Silva são hoje uma família muito rica. Isso sem contar Lulinha, o filho-prodígio que ficou milionário ainda bem jovem e apenas numa tacada. Mas a doação da primeira-dama foi de apenas R$ 1.113,00 reais, uma quantia de marqueteiro, por certo.
Quem comparece sempre aqui ao blog, sabe que gosto dessas simbologias que os petistas nos apresentam com certa regularidade. Gostei dessa também, não a do número do partido inserido na doação (que sacada original, hein?), mas do uso da mulher do Lula como garota-propaganda de anúncio de doação para campanha eleitoral. Nessa o marqueteiro caprichou: é muito significativo.
No vídeo se apresenta também o tesoureiro do PT, José de Filippi, pedindo para o eleitor comparecer com algum para a campanha petista. Em cena, Fillippi não pensa duas vezes antes de dar um abraço na mulher do presidente da República. Vejam a imagem acima. Não fiz nenhum retoque ou qualquer outra interferência na cena. É uma reprodução exata da inacreditável expressão facial de Fillippi, que vocês podem ver aqui.
Sei lá, talvez eu seja um cara à antiga ou pode ser minha natural relutância a esta desfaçatez que eles costumam justificar como uma falta de medo de ser feliz, mas eu preferia viver em um país em que houvesse um pouco mais de respeito com a mulher do presidente da República. Esse negócio de marmanjo meter o bração em volta dos ombros de uma mulher é coisa que não fica bem com mulher alguma. Mulher casada, muito menos.
Filippi safou-se recentemente da Lei da Ficha Limpa. Ele havia sido condenado pelo Tribunal de Justiça de São Paulo em maio, a devolver R$ 2,1 milhões para os cofres da prefeitura de Diadema, cidade onde foi prefeito. A condenação foi por causa da contratação sem licitação do escritório de advocacia do líder petista Luiz Eduardo Greenhalgh, contratado pela prefeitura de Diadema entre 1983 e 1996. Greenhalgh defendeu apenas duas causas e ganhou cerca de R$ 2,1 milhões para isso.
No início deste mês. Filippi, que é candidato a deputado federal, foi salvo pelo STJ (Superior Tribunal de Justiça), que suspendeu a condenação por improbidade administrativa.
Numa campanha como esta também seria natural que sentíssemos a falta do Delúbio Soares, o tesoureiro que tornou-se um símbolo histórico do PT. Como imagem da capacidade de arrecadação do partido, Delúbio é insubstituível. Mas pela expressão de Filippi, que agora ocupa a cobiçada cadeira que Delúbio teve que abandonar para sentar-se na cadeira de réu do STF, dá para ver que ele já pegou o espírito da coisa.
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POR José Pires
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