Parece piada, mas compraram o terno de posse do presidente da República, uma roupa ainda em uso por ele. O terno de posse de Lula foi arrematado em um leilão beneficente pelo empresário Eike Batista. Então, se vocês virem o Lula por aí de terno, pode ser o terno do Eike Batista, que pagou 500 mil pela peça. Todo cuidado é pouco com uma beca desse preço.
O empresário estava num dia de coração aberto, pois no final do evento ofereceu mais R$ 2 milhões para uma ONG beneficiada no leilão. Porém, isso não é nada para quem nesses dias recebeu R$ 147 milhões do BNDES para dar um trato em um hotel de sua propriedade no Rio de Janeiro, além de pegar emprestado também do BNDES mais R$ 1,2 bi para a construção de um porto.
Fica sempre a impressão de que, no final, nós é que acabamos pagando um terno tão caro, não?
E vá lá saber qual é o valor histórico de um negócio desses. O terno de Lula não é nenhuma ceroula de Napoleão, porque afinal nestes casos o tecido vale pelo que veste. De peça mítica temos em nossa história o pijama de Getúlio Vargas. Mas o pijama de Getúlio tinha o buraco do tiro com o qual ele se matou. E o terno do Lula, o que têm? Nem uma manchinha, que seja, daquele vinho que ele bebeu com Duda Mendonça para comemorar sua primeira vitória.
Era o vinho mais caro do mundo. E ficou na nossa conta, como sempre. Talvez um respingo viesse a dar um peso histórico e valorizar o terno.
Mas a história de Lula e seu PT não deixa de ter objetos curiosos. Muitos deles foram perdidos para sempre, mas devem ficar na memória dos brasileiros como referências fundamentais do lulo-petismo. São inumeráveis peças que poderiam render muita grana, mas vamos ficar com apenas 13 para marcar de forma simbólica este imaginário leilão.
1 – O torno onde o operário metalúrgico Luiz Inácio da Silva perdeu o dedo, peça essencial da criação do mito. Afinal Lula nunca seria o mesmo todos os dedos da mão.
2 – O aparelho de som do Lula que o então candidato Fernando Collor parecia conhecer tão bem. E talvez aquela caixa de CDs que deixou roxo o olho do ex-deputado Roberto Jefferson depois que e ele denunciou o mensalão.
3 – Uma caixa de charutos presenteada por Fidel Castro ou uma de cigarrilhas, do tempo em que o tesoureiro-símbolo do PT, Delúbio Soares, segurava para Lula fumar escondido. Neste quesito de objetos sentimentais também não pode falta uma pedra recebida das mãos do amigo de olho no olho, o presidente iraniano Ahmadinejad.
4 – Os papéis das balas que Lula chupava na cadeia furando a greve de fome dos colegas de cela, quando ficou preso na época das greves metalúrgicas no ABC.
5 – Um livro, qualquer um, que Lula tenha lido (pela raridade, esta pode vir a ser a peça mais cara do leilão).
6 – A cueca petista em que o militante escondia os dólares flagrados pela Polícia Federal (se vier com os dólares a cueca pode render mais no leilão).
7 – O sofá onde Lula e José de Alencar proseavam animadamente enquanto na sala ao lado líderes do PT e o PL a acertavam coligação da primeira eleição. O então presidente do PL, Valdemar Costa Neto, processado no STF no escândalo do mensalão, disse que começou pedindo R$ vinte milhões e acabaram fechando em R$ 20 milhões. O sofá onde sentaram Lula e Alencar á espera do acerto é uma peça mítica do lulo-petismo.
8 – O documento que o então presidente do PT, José Genoíno, assinou sem ler para o empréstimo de mais de 2 milhões de reais por Marcos Valério junto ao Banco Rural, banco envolvido no mensalão.
9 – O cartão corporativo da ministra Matilde Ribeiro, que caiu do cargo com o escândalo dos cartões, e o do ministro dos Esportes, Orlando Silva, que não caiu. Pena que não dê para leiloar a tapioca.
10 – A bengala que desceu no lombo de José Dirceu, no pisódio das bengaladas dadas por um senhor aposentado na época de sua cassação por falta de decoro.
11 – O Land Rover de Silvio Pereira, o Silvinho, secretário-geral do PT.
12 – O primeiro Videogame de Lulinha, o filho do Lulão presidente, um herdeiro petista que ficou milionário em apenas uma tacada graças aos seus talentos com,o jogador de videogame.
13 - O diploma de falso doutorado da Dilma Rousseff. Uma arma da luta armada também alcançaria um bom preço em leilão, mesmo que, segundo seu depoimento, ela tenha tido o papel inédito no mundo de fazer a luta armada sem pegar em armas.
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POR José Pires
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