Partido estranho esse que primeiro aclama um candidato à presidente da República e depois abandona esta candidatura de forma covarde e traiçoeira. Bem, os tucanos tem passado os últimos dias cercado de marqueteiros. Será que nenhum desses profissionais da imagem comentou com um desses líderes — o Beto Richa, o próprio Aécio Neves, o Jereissati, e tantos outros — que o partido está ficando com a imagem de ser composto de políticos traiçoeiros, de gente que só pensa em seu próprio interesse e que abandona o próprio companheiro numa luta dura.
E este abandono do Serra aguça minha curiosidade. Deve ter uma estratégia nisso, não? Mas não pode ser a derrota de Serra no primeiro turno para depois os petistas baixarem em Minas e no Paraná para um segundo turno com as burras cheias e, aí sim, com a militância mais animada que já se viu na história deste país. Pois é isso o que pode acontecer.
Está todo mundo vendo o que se passa com o PSDB. E se esta imagem de traição e covardia já estiver cristalizada entre o eleitorado? No interior do Brasil tem um nome apropriado para este tipo de gente. O apelido vem de um peixe de rio, a traíra. Pois o PSDB está mostrando ser um partido de traíras, sem unidade interna e nenhum compromisso além das carreiras políticas de seus caciques.
Este tem sido um grande estorvo para o crescimento de Serra, assim como seria de qualquer outro. Foi a danação de Alckmin, quem não se lembra. E é evidente que também foi fundamental agora na queda de Serra. Ficou muito claro que os altos índices que as pesquisas traziam antes do começo da eleição eram uma conquista pessoal de Serra. Lançada a campanha, a escolha de uma má estratégia política e a falta de sustentação partidária fizeram vir abaixo a candidatura. E não daria para nenhum político estar melhor, da forma que o PSDB vem atuando nesta eleição. Quando o próprio partido nem propaga o nome do candidato, nem um Obama se salva.
O problema é que esse comportamento pode já ter se refletido no eleitorado, causando uma perda de confiança na candidatura, o que pode explicar o fato de nem os escândalos fortes que batem na candidatura Dilma resultarem em um grande ganho nas pesquisas. E estou falando do único instituto ainda com credibilidade, o Data Folha.
A bem da verdade, os tucanos não tem criado condição alguma para que o eleitorado tenha confiança na candidatura Serra. Disso pode surgir o fator Marina Silva, que vem crescendo relativamente bem. E a trairada que se finge de tucanos que dê graças por Marina não ter a mínima estrutura partidária pelo país afora, senão seria ela sem dúvida que iria para o segundo turno.
E mesmo que não haja segundo turno, os tucanos podem também cair no pior dos mundos, bastando para isso que Marina tenha mais votos que Serra ou que não fique muito atrás dele na terceira colocação.
Daí então, se ainda há espaço entre os tucanos para pensar em estratégia política além desta eleição, eles que se preocupem bastante com as duas mulheres, a que está à frente e a que vem logo atrás. A da frente não pode ficar muito longe e a de trás não pode chegar muito perto. É, mulher é sempre um problema.
A questão da confiança, que os tucanos tem de menos como partido e que até Serra também abalou com suas lamentáveis mudanças de personalidade política nesta campanha não são um problema para Marina. O que falta nela é firmeza, mas não acredito que na sua candidatura a confiança seja um problema. Pelo menos não como ocorre com o PSDB.
Com a situação criada por tantas trapalhadas e traições, é de se pensar até o que o PSDB pode realizar no governo. O que um presidente eleito pode fazer tendo como base um partido como este?
Se o objetivo de barrar o lulo-petismo não tivesse um peso determinante entre uma parcela razoável do eleitorado nesta eleição, como acredito há muito tempo, fato que Serra ignorou por completo antes de cair demais nas pesquisas, o PSDB já estaria entre os partidos nanicos na eleição para presidente.
A governabilidade do país e a capacidade de administrar com mais capacidade e de forma mais honesta e equilibrada já não são o que sustenta a candidatura Serra. Porém, basicamente é isso que sustenta a confiança do eleitor, ainda mais para os tucanos, que vivem politicamente disso há bastante tempo.
E será que os tucanos não acham que pode ter muita gente pensando dessa forma, com esta perda de confiança? Entre os formadores de opinião isso começou logo com o início da campanha e a dificuldade tucana de Serra em firmar uma posição perante o governo Lula e os problemas brasileiros.
Tem aquele famoso jargão, o do “É a economia, estúpido!”, que serve como uma leitura concisa da conjuntura política. Pois para mim os tucanos estão numa situação de “É a confiança, estúpido!”.
O problema é se isso já estiver colado no candidato tucano e esta falta de confiança for revelada só com a contagem dos votos. Bem, aí quem pode ganhar com isso é Marina Silva, mesmo que não tiver um segundo turno
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POR José Pires
E este abandono do Serra aguça minha curiosidade. Deve ter uma estratégia nisso, não? Mas não pode ser a derrota de Serra no primeiro turno para depois os petistas baixarem em Minas e no Paraná para um segundo turno com as burras cheias e, aí sim, com a militância mais animada que já se viu na história deste país. Pois é isso o que pode acontecer.
Está todo mundo vendo o que se passa com o PSDB. E se esta imagem de traição e covardia já estiver cristalizada entre o eleitorado? No interior do Brasil tem um nome apropriado para este tipo de gente. O apelido vem de um peixe de rio, a traíra. Pois o PSDB está mostrando ser um partido de traíras, sem unidade interna e nenhum compromisso além das carreiras políticas de seus caciques.
Este tem sido um grande estorvo para o crescimento de Serra, assim como seria de qualquer outro. Foi a danação de Alckmin, quem não se lembra. E é evidente que também foi fundamental agora na queda de Serra. Ficou muito claro que os altos índices que as pesquisas traziam antes do começo da eleição eram uma conquista pessoal de Serra. Lançada a campanha, a escolha de uma má estratégia política e a falta de sustentação partidária fizeram vir abaixo a candidatura. E não daria para nenhum político estar melhor, da forma que o PSDB vem atuando nesta eleição. Quando o próprio partido nem propaga o nome do candidato, nem um Obama se salva.
O problema é que esse comportamento pode já ter se refletido no eleitorado, causando uma perda de confiança na candidatura, o que pode explicar o fato de nem os escândalos fortes que batem na candidatura Dilma resultarem em um grande ganho nas pesquisas. E estou falando do único instituto ainda com credibilidade, o Data Folha.
A bem da verdade, os tucanos não tem criado condição alguma para que o eleitorado tenha confiança na candidatura Serra. Disso pode surgir o fator Marina Silva, que vem crescendo relativamente bem. E a trairada que se finge de tucanos que dê graças por Marina não ter a mínima estrutura partidária pelo país afora, senão seria ela sem dúvida que iria para o segundo turno.
E mesmo que não haja segundo turno, os tucanos podem também cair no pior dos mundos, bastando para isso que Marina tenha mais votos que Serra ou que não fique muito atrás dele na terceira colocação.
Daí então, se ainda há espaço entre os tucanos para pensar em estratégia política além desta eleição, eles que se preocupem bastante com as duas mulheres, a que está à frente e a que vem logo atrás. A da frente não pode ficar muito longe e a de trás não pode chegar muito perto. É, mulher é sempre um problema.
A questão da confiança, que os tucanos tem de menos como partido e que até Serra também abalou com suas lamentáveis mudanças de personalidade política nesta campanha não são um problema para Marina. O que falta nela é firmeza, mas não acredito que na sua candidatura a confiança seja um problema. Pelo menos não como ocorre com o PSDB.
Com a situação criada por tantas trapalhadas e traições, é de se pensar até o que o PSDB pode realizar no governo. O que um presidente eleito pode fazer tendo como base um partido como este?
Se o objetivo de barrar o lulo-petismo não tivesse um peso determinante entre uma parcela razoável do eleitorado nesta eleição, como acredito há muito tempo, fato que Serra ignorou por completo antes de cair demais nas pesquisas, o PSDB já estaria entre os partidos nanicos na eleição para presidente.
A governabilidade do país e a capacidade de administrar com mais capacidade e de forma mais honesta e equilibrada já não são o que sustenta a candidatura Serra. Porém, basicamente é isso que sustenta a confiança do eleitor, ainda mais para os tucanos, que vivem politicamente disso há bastante tempo.
E será que os tucanos não acham que pode ter muita gente pensando dessa forma, com esta perda de confiança? Entre os formadores de opinião isso começou logo com o início da campanha e a dificuldade tucana de Serra em firmar uma posição perante o governo Lula e os problemas brasileiros.
Tem aquele famoso jargão, o do “É a economia, estúpido!”, que serve como uma leitura concisa da conjuntura política. Pois para mim os tucanos estão numa situação de “É a confiança, estúpido!”.
O problema é se isso já estiver colado no candidato tucano e esta falta de confiança for revelada só com a contagem dos votos. Bem, aí quem pode ganhar com isso é Marina Silva, mesmo que não tiver um segundo turno
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POR José Pires
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