Pesquisa nova do Ibope é sempre o sinal de festa na blogosfera petista. Bem, mas para quem acredita em qualquer coisa, mesmo que sejam coisas absurdas como a candidatura Dilma, dar credibilidade para pesquisa eleitoral é tarefa das mais fáceis.
E esta pesquisa que acabou de ser divulgada pelo Jornal Nacional também ajuda muito. É fácílimo para um petista acreditar nela. Como diz a moçada, o Ibope está pegando pesado. Estão dando 56% para a Dilma e 44% para o Serra nos votos válidos e 49% a 43% nos votos totais. Serra cai e Dilma sobe.
Sendo assim, acabou a eleição, não? O eleitor nem precisa votar. Mas é impossível esquecer que no primeiro turno o Ibope errou até na pesquisa de boca de urna. E erro grande, de cinco pontos. O Ibope dava 51% para a Dilma e ela teve 47%.
E o que estamos fazendo aqui neste segundo turno? Pelo Ibope o Brasil vive uma ficção. No dia 30 de setembro o instituto dizia que a disputa se resolveria no primeiro turno com Dilma tendo 50% dos votos, Serra 27% e Marina 13%. E as urnas deram Dilma com 46,91%, Serra com 32,61% e Marina com 19,33%, números que nos trouxeram a esta ficção, o segundo turno. O Ibope errou feio até com as margens de erro. Eu escrevi errou? É melhor botar aspas: "errou".
Um instituto desses pede a análise de um especialista, alguém que conhece bem seus meandros, até porque é bem antiga sua relação com o Ibope. É o deputado Ciro Gomes, um político que trouxe uma grande novidade para a política brasileira: mora no Ceará e tem o título eleitoral em São Paulo.
O nome de Ciro vem sendo usado há anos como joguete pelos institutos para esquentar pesquisas. Em todas as eleições nos últimos 15 anos, meses antes do início de qualquer discussão sobre o assunto na mídia sempre surge o nome de Ciro com excelentes índices. Isso só no início, até os institutos irem acertando o quadro conforme seus interesses. Até agora Ciro nunca fez parte desses interesses, por isso sempre foi descartado em cada eleição. Ia sendo puxado para baixo, até seu índice ter pouca influência no acerto.
Mas o deputado não é bobo. Ele mesmo fez a denúncia em uma entrevista para a televisão e classificou como farsa a citação de seu nome nas alturas. "Como é que alguém pode ter 17% se nem aparece na televisão?", ele perguntou.
Foi nesta mesma entrevista que Ciro afirmou que o presidente do Ibope, Carlos Augusto Montenegro "vende até a mãe para ganhar dinheiro". Diante da surpresa do jornalista, ele reafirmou: "Mas vende e vende mesmo!"
Até hoje Montenegro não deu nenhuma resposta convincente à afirmação do deputado. Não procurou reparação na Justiça, nem qualquer outra satisfação. Ficou por isso mesmo, na frase afirmativa de Ciro, que hoje faz parte da coordenação de Dilma Roussef, naturalmente a favorecida por esta última pesquisa: "Mas vende e vende mesmo!"
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POR José Pires
E esta pesquisa que acabou de ser divulgada pelo Jornal Nacional também ajuda muito. É fácílimo para um petista acreditar nela. Como diz a moçada, o Ibope está pegando pesado. Estão dando 56% para a Dilma e 44% para o Serra nos votos válidos e 49% a 43% nos votos totais. Serra cai e Dilma sobe.
Sendo assim, acabou a eleição, não? O eleitor nem precisa votar. Mas é impossível esquecer que no primeiro turno o Ibope errou até na pesquisa de boca de urna. E erro grande, de cinco pontos. O Ibope dava 51% para a Dilma e ela teve 47%.
E o que estamos fazendo aqui neste segundo turno? Pelo Ibope o Brasil vive uma ficção. No dia 30 de setembro o instituto dizia que a disputa se resolveria no primeiro turno com Dilma tendo 50% dos votos, Serra 27% e Marina 13%. E as urnas deram Dilma com 46,91%, Serra com 32,61% e Marina com 19,33%, números que nos trouxeram a esta ficção, o segundo turno. O Ibope errou feio até com as margens de erro. Eu escrevi errou? É melhor botar aspas: "errou".
Um instituto desses pede a análise de um especialista, alguém que conhece bem seus meandros, até porque é bem antiga sua relação com o Ibope. É o deputado Ciro Gomes, um político que trouxe uma grande novidade para a política brasileira: mora no Ceará e tem o título eleitoral em São Paulo.
O nome de Ciro vem sendo usado há anos como joguete pelos institutos para esquentar pesquisas. Em todas as eleições nos últimos 15 anos, meses antes do início de qualquer discussão sobre o assunto na mídia sempre surge o nome de Ciro com excelentes índices. Isso só no início, até os institutos irem acertando o quadro conforme seus interesses. Até agora Ciro nunca fez parte desses interesses, por isso sempre foi descartado em cada eleição. Ia sendo puxado para baixo, até seu índice ter pouca influência no acerto.
Mas o deputado não é bobo. Ele mesmo fez a denúncia em uma entrevista para a televisão e classificou como farsa a citação de seu nome nas alturas. "Como é que alguém pode ter 17% se nem aparece na televisão?", ele perguntou.
Foi nesta mesma entrevista que Ciro afirmou que o presidente do Ibope, Carlos Augusto Montenegro "vende até a mãe para ganhar dinheiro". Diante da surpresa do jornalista, ele reafirmou: "Mas vende e vende mesmo!"
Até hoje Montenegro não deu nenhuma resposta convincente à afirmação do deputado. Não procurou reparação na Justiça, nem qualquer outra satisfação. Ficou por isso mesmo, na frase afirmativa de Ciro, que hoje faz parte da coordenação de Dilma Roussef, naturalmente a favorecida por esta última pesquisa: "Mas vende e vende mesmo!"
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POR José Pires
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