quarta-feira, 20 de outubro de 2010

O compositor que mudou de idéia

O compositor inspirado veio com o chavão de sempre, de apoiar Dilma na herança lulista. Bem, não deixa de seguir o notório pensamento leninista da sucessão feita dentro do próprio grupo, sem alternância como qualquer outra força da sociedade civil. É mais ou menos como se faz no regime autoritário cubano, para o qual Chico Buarque já fez até poesia.

Como é impossível tirar de Dilma qulquer conceito que dê sustentação à sua candidatura, seus apoios acabam sendo justificados no mito de Lula e nos mitos do governo petista fabricados pela propaganda.

Tirando o Lula da candidatura de Dilma o que é que sobra? Bem, sem isso Dilma não se elegeria nem deputada federal em São Paulo. O espantoso é que um homem com idade para ter bastante experiência política não preste atenção ao risco de colocar alguém assim no governo do país.

O compositor também seguiu a toada marqueteira de buscar uma comparação com o governo de Fernando Henrique Cardoso. Desde que fez aquela locução vergonhosa para o marqueteiro Duda Mendonça no programa eleitoral de Lula na última eleição ele não se recuperou.

Daí a comparação como o governo FHC, de dezesseis anos atrás. Esse é outro cacoete dos apoios a Dilma e, neste caso, ninguém se importa com a injustiça que possa ser feita com o candidato José Serra, que foi um crítico em vários sentidos daquele governo.

E no caso específico do apoio a Dilma, o compositor mostra que muda de idéia de forma bem rápida. Em abril deste ano, ele dizia em entrevista à revista Brazuca que entre Dilma e Serra, “não haveria muita muita diferença”, um raciocínio político tolo e bem próprio de quem fez a ecolha de votar em Dilma “porque é a candidata do Lula e eu gosto do Lula”, como ele disse à revista.
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POR José Pires

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