Um deputado como Bolsonaro é tudo o que certa esquerda deseja no debate dos problemas nacionais. Vastos setores da militância negra que vivem pendurados em boquinhas governamentais à custa da exploração política do sofrimento de pobres certamente babam de satisfação quando assuntos raciais são tratados com o extremismo do deputado.
Com sua postura de ferrabrás, Bolsonaro não contribui para o aprofundamento de assunto algum. E como ele é confundido como parlamentar da oposição (mesmo sendo de um partido da base aliada), sua atuação sempre grosseria acaba servindo para o desvio de foco que interessa a tantos espertalhões e até para amenizar bastante as verdadeiras responsabilidades sobre a má situação dos negros no Brasil e o viés terrivelmente autoritário de uma militância que tem buscado criar problemas raciais onde eles não existem.
Não é de agora que essa gente tem uma posição autoritária. A diferença é que hoje estão no poder e ainda são favorecidos por irresponsabilidades várias. Sua visão é de curto prazo e na maioria das vezes só de cunho financeiro. Vivem do jabá da política prestando serviço para as estrelas.
Para garantir bocas no governo e o dinheiro que corre entre ONGs que se prestam a fins particulares vivem tachando de racista quem é contra, por exemplo, as cotas raciais, ou mesmo os que ainda não têm posição e por isso querem aprofundar a discussão. Nada de aprofundamento, companheiro. Tem que ser a favor e ponto final.
Um Bolsonaro atirando do lado supostamente oposto facilita bastante esse tipo de coisa. Ajuda até a esquecer coisas como o mensalão ou a mudança radical de posição política do PT e o envolvimento nas mais variadas corrupções. A truculência verbal do deputado colabora também para mascarar situações históricas, como o real propósito ditatorial da luta armada no Brasil, intenções que ainda não foram abandonadas por muitos que hoje estão no poder ou agregados a este governo de uma forma ou outra.
Bolsonaro tem na alma o que pode ser chamado “o espírito de Dallas”, um sentimento fundamentalista e agressivo parecido com aquele que tomou de Dallas de tal forma que fazia crianças de escola aplaudir em aula o assassinato do presidente John Kennedy — evidentemente elas eram instruídas pelos mestres.
Sobre esse período da história dos Estados Unidos fica sempre esquecido que a real divergência da direita americana com Kennedy estava no plano dos direitos civis. Aqui, temos algo parecido, já também os direitos civis é que estão em questão. Nisso, Bolsonaro tem um lado muito claro. E, na esperança de continuar levando vantagem, a esquerda tem o interesse de que este "espírito de Dallas prevaleça.
É claro que não estou dizendo que Bolsonaro seja a favor do assassinato de Kennedy (o pessoal anda com mania de processar; não quero passar o ridículo ser responsável por levar o caso Kennedy para os tribunais brasileiros; já chega o que sua memória sofreu nos Estados Unidos).
Também não faria a uma pergunta tola como essa para o Bolsonaro ou qualquer outra pessoa. Talvez Preta Gil achasse uma boa idéia, apesar de que um assunto desses só entraria na cabeça dela se fosse empurrado por alguém de fora que tivesse de Dallas mais que a lembrança daquele personagem novelesco, o JR.
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POR José Pires
Com sua postura de ferrabrás, Bolsonaro não contribui para o aprofundamento de assunto algum. E como ele é confundido como parlamentar da oposição (mesmo sendo de um partido da base aliada), sua atuação sempre grosseria acaba servindo para o desvio de foco que interessa a tantos espertalhões e até para amenizar bastante as verdadeiras responsabilidades sobre a má situação dos negros no Brasil e o viés terrivelmente autoritário de uma militância que tem buscado criar problemas raciais onde eles não existem.
Não é de agora que essa gente tem uma posição autoritária. A diferença é que hoje estão no poder e ainda são favorecidos por irresponsabilidades várias. Sua visão é de curto prazo e na maioria das vezes só de cunho financeiro. Vivem do jabá da política prestando serviço para as estrelas.
Para garantir bocas no governo e o dinheiro que corre entre ONGs que se prestam a fins particulares vivem tachando de racista quem é contra, por exemplo, as cotas raciais, ou mesmo os que ainda não têm posição e por isso querem aprofundar a discussão. Nada de aprofundamento, companheiro. Tem que ser a favor e ponto final.
Um Bolsonaro atirando do lado supostamente oposto facilita bastante esse tipo de coisa. Ajuda até a esquecer coisas como o mensalão ou a mudança radical de posição política do PT e o envolvimento nas mais variadas corrupções. A truculência verbal do deputado colabora também para mascarar situações históricas, como o real propósito ditatorial da luta armada no Brasil, intenções que ainda não foram abandonadas por muitos que hoje estão no poder ou agregados a este governo de uma forma ou outra.
Bolsonaro tem na alma o que pode ser chamado “o espírito de Dallas”, um sentimento fundamentalista e agressivo parecido com aquele que tomou de Dallas de tal forma que fazia crianças de escola aplaudir em aula o assassinato do presidente John Kennedy — evidentemente elas eram instruídas pelos mestres.
Sobre esse período da história dos Estados Unidos fica sempre esquecido que a real divergência da direita americana com Kennedy estava no plano dos direitos civis. Aqui, temos algo parecido, já também os direitos civis é que estão em questão. Nisso, Bolsonaro tem um lado muito claro. E, na esperança de continuar levando vantagem, a esquerda tem o interesse de que este "espírito de Dallas prevaleça.
É claro que não estou dizendo que Bolsonaro seja a favor do assassinato de Kennedy (o pessoal anda com mania de processar; não quero passar o ridículo ser responsável por levar o caso Kennedy para os tribunais brasileiros; já chega o que sua memória sofreu nos Estados Unidos).
Também não faria a uma pergunta tola como essa para o Bolsonaro ou qualquer outra pessoa. Talvez Preta Gil achasse uma boa idéia, apesar de que um assunto desses só entraria na cabeça dela se fosse empurrado por alguém de fora que tivesse de Dallas mais que a lembrança daquele personagem novelesco, o JR.
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POR José Pires
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