Mas, infelizmente, nesse governo o comportamento tolo de investir sem nenhuma profundidade sobre qualquer questão não é uma atitude exclusiva do ministro Lobão. Essa é a pior herança do PT e que teve em Lula um misto de teórico e porta-voz: é a cultura de não medir riscos e subestimar situações perigosas ou o próprio adversário.
Podemos chamar isso de “Teoria da Marolinha”, que se aplica inclusive no enfrentamento de tsunamis e, vê-se agora, serve até para assuntos atômicos. Eles contemplam a realidade com uma confiança cuja única base de sustentação é o otimismo de um marqueteiro bem pago. O problema é que isso contagia de forma muito mais fácil que a exigência de enfrentar os problemas com trabalho duro. Aquela história de ter para oferecer apenas “sangue, suor e lágrimas”, nem pensar.
E quem tem o bom senso de apontar as inconveniências dessa auto-suficiência de fachada que faz parecer que vivemos no melhor lugar do mundo e acaba criando sérias dificuldades para exigir do brasileiro qualquer esforço coletivo, bem, quem aponta os problemas que estão na nossa frente é tachado de "tucano" ou pouco patriota.
Esta visão demagógica e trabalhada pela propaganda como se fosse de um otimismo realizador acaba levando a isso. Afinal, se o Brasil pode se dar bem em todas as situações, porque não à frente de um reator nuclear explodindo? Isso é uma quirera, ainda que nuclear, não é mesmo, merrrmão.
Somos o país do pré-sal e só podemos nos dar bem. Mesmo que as previsões preocupantes de estudiosos e cientistas estejam certas e que tenhamos daqui a vinte ou trinta anos um planeta com escassez de energia e metido em problemas graves ambientais, inclusive com a falta de água potável e até de recursos hídricos para a agricultura, nosso país estará no melhor dos mundos.
Passaremos o final dos tempos vendendo petróleo (com pouco sal, muito sal, tem tudo no cardápio) para o mundo inteiro. É provável até que os países mais poderosos mandem o pagamento em dinheiro a bordo de seus encouraçados, submarinos, aviões de combate e porta-aviões. Pena que até lá é provável que o ministro Lobão não esteja vivo para receber a bufunfa pessoalmente em nossos portos.
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POR José Pires
Podemos chamar isso de “Teoria da Marolinha”, que se aplica inclusive no enfrentamento de tsunamis e, vê-se agora, serve até para assuntos atômicos. Eles contemplam a realidade com uma confiança cuja única base de sustentação é o otimismo de um marqueteiro bem pago. O problema é que isso contagia de forma muito mais fácil que a exigência de enfrentar os problemas com trabalho duro. Aquela história de ter para oferecer apenas “sangue, suor e lágrimas”, nem pensar.
E quem tem o bom senso de apontar as inconveniências dessa auto-suficiência de fachada que faz parecer que vivemos no melhor lugar do mundo e acaba criando sérias dificuldades para exigir do brasileiro qualquer esforço coletivo, bem, quem aponta os problemas que estão na nossa frente é tachado de "tucano" ou pouco patriota.
Esta visão demagógica e trabalhada pela propaganda como se fosse de um otimismo realizador acaba levando a isso. Afinal, se o Brasil pode se dar bem em todas as situações, porque não à frente de um reator nuclear explodindo? Isso é uma quirera, ainda que nuclear, não é mesmo, merrrmão.
Somos o país do pré-sal e só podemos nos dar bem. Mesmo que as previsões preocupantes de estudiosos e cientistas estejam certas e que tenhamos daqui a vinte ou trinta anos um planeta com escassez de energia e metido em problemas graves ambientais, inclusive com a falta de água potável e até de recursos hídricos para a agricultura, nosso país estará no melhor dos mundos.
Passaremos o final dos tempos vendendo petróleo (com pouco sal, muito sal, tem tudo no cardápio) para o mundo inteiro. É provável até que os países mais poderosos mandem o pagamento em dinheiro a bordo de seus encouraçados, submarinos, aviões de combate e porta-aviões. Pena que até lá é provável que o ministro Lobão não esteja vivo para receber a bufunfa pessoalmente em nossos portos.
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POR José Pires
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