O governador Sergio Cabral (PMDB) vai mandar auditar os contratos do governo do Rio de Janeiro com a Delta Construções. É que o jornal O Globo publicou no domingo os relatórios da Polícia Federal sobre a operação Monte Carlo. O documento afirma que a Delta repassou R$ 39 milhões a empresas de fachada ligadas ao bicheiro Carlinhos Cachoeira.
Esse tipo de atitude do governador Cabral parece piada. Como eu já disse tantas vezes, só não é engraçada porque infelizmente estamos na piada, mas parece mesmo que ele está fazendo humor. O repasse é de R$ 39 milhões. Não é apenas um grampeador ou computador que sumiu de alguma repartição pública na Baixada Fluminense ou qualquer outra região do Rio. Nada disso, a quantia é alta: R$ 39 milhões.
O jornal conta também que a Delta cresceu 533% no governo Cabral. Em 2007, a empresa teve empenhos de R$ 67,2 milhões. No ano em que Cabral foi reeleito, em 2010, o montante chegou a R$ 554,8 milhões, sendo R$ 127,3 milhões (22%) sem licitação. Já no ano passado, a Delta recebeu do governo Cabral R$ 358,5 milhões, dos quais R$ 72,7 milhões (20%) sem passar por concorrência pública. Este ano, já são R$ 138,4 milhões empenhados.
Em O Globo, somos lembrados também que em junho do ano passado, Cabral viajou para a Bahia num jatinho do empresário Eike Batista, em companhia de Fernando Cavendish, para comemorar o aniversário do dono da Delta num resort.
É bastante coisa, não? Alguém tem que passar o link da matéria para o governador Cabral saber disso.
Mas, agora falando sério, será que o governador quer fazer a gente rir quando vem com esta posição que poderia significar apenas que ele supostamente (e aí vale entrar o senhor Suposto) não tem o controle de seu governo?
Quando um político vem com histórias de auditorias como esta do governador Cabral, a única coisa que posso pensar é que ele está mesmo surpreso e indignado de não saber que andaram desviando esta dinheirama. Mas sua raiva não é pelo prejuízo aos cofres públicos. A indignação parece ser por causa de outro tipo de desvio.
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POR José Pires
Esse tipo de atitude do governador Cabral parece piada. Como eu já disse tantas vezes, só não é engraçada porque infelizmente estamos na piada, mas parece mesmo que ele está fazendo humor. O repasse é de R$ 39 milhões. Não é apenas um grampeador ou computador que sumiu de alguma repartição pública na Baixada Fluminense ou qualquer outra região do Rio. Nada disso, a quantia é alta: R$ 39 milhões.
O jornal conta também que a Delta cresceu 533% no governo Cabral. Em 2007, a empresa teve empenhos de R$ 67,2 milhões. No ano em que Cabral foi reeleito, em 2010, o montante chegou a R$ 554,8 milhões, sendo R$ 127,3 milhões (22%) sem licitação. Já no ano passado, a Delta recebeu do governo Cabral R$ 358,5 milhões, dos quais R$ 72,7 milhões (20%) sem passar por concorrência pública. Este ano, já são R$ 138,4 milhões empenhados.
Em O Globo, somos lembrados também que em junho do ano passado, Cabral viajou para a Bahia num jatinho do empresário Eike Batista, em companhia de Fernando Cavendish, para comemorar o aniversário do dono da Delta num resort.
É bastante coisa, não? Alguém tem que passar o link da matéria para o governador Cabral saber disso.
Mas, agora falando sério, será que o governador quer fazer a gente rir quando vem com esta posição que poderia significar apenas que ele supostamente (e aí vale entrar o senhor Suposto) não tem o controle de seu governo?
Quando um político vem com histórias de auditorias como esta do governador Cabral, a única coisa que posso pensar é que ele está mesmo surpreso e indignado de não saber que andaram desviando esta dinheirama. Mas sua raiva não é pelo prejuízo aos cofres públicos. A indignação parece ser por causa de outro tipo de desvio.
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POR José Pires
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