O mensalão organizado no centro do governo Lula e de seu partido foi esquematizado para que o governo tivesse o domínio total sobre as votações no Congresso Nacional. Mais que corrupção, o sucesso do mensalão seria a ruína da democracia, um sistema que no Brasil nunca foi dos mais sólidos.
Por sorte ocorreu o desacordo interno na quadrilha, com as variadas denúncias que resultaram na intervenção da Procuradoria-Geral da República e o inquérito que será julgado no Supremo Tribunal Federal (STF).
Porém, enquanto não vem punição, o mau exemplo de altas autoridades do governo do PT se espalhou por prefeituras de todo o país, onde vigora um domínio do Executivo sobre o Legislativo com a compra de votos de vereadores por meio de privilégios bancados com dinheiro público ou até mesmo o pagamento em espécie.
Em Londrina, no Paraná, o Ministério Público denunciou um esquema de suborno de vereadores para impedir que a Câmara Municipal investigue atividades do prefeito Barbosa Neto (PDT) suspeitas de ilegalidade. É o MENSALON, como já escrevi aqui.
Em Londrina, serão indiciados pelo MP por corrupção ativa cinco pessoas, que já estão presas, entre elas um vereador, um amigo de Barbosa Neto e um ex-secretário municipal, que havia se desincompatibilizado do cargo recentemente para cuidar da campanha de releeição do prefeito. Na cidade, o Ministério Público flagrou a tentativa de suborno de um vereador para que ele votasse contra a instalação de uma Comissão Processante que pode levar à cassação do prefeito.
A pronta ação do Ministério Público Paranaense pode desmontar a planejada construção do mensalão de Londrina, o MENSALON. Mas um perigo maior ameaça os nossos municípios se os mensaleiros federais forem inocentados pelo STF: essa impunidade pode acenar aos prefeitos brasileiros que está liberada a compra de votos em todo o território nacional.
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POR José Pires
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Por sorte ocorreu o desacordo interno na quadrilha, com as variadas denúncias que resultaram na intervenção da Procuradoria-Geral da República e o inquérito que será julgado no Supremo Tribunal Federal (STF).
Porém, enquanto não vem punição, o mau exemplo de altas autoridades do governo do PT se espalhou por prefeituras de todo o país, onde vigora um domínio do Executivo sobre o Legislativo com a compra de votos de vereadores por meio de privilégios bancados com dinheiro público ou até mesmo o pagamento em espécie.
Em Londrina, no Paraná, o Ministério Público denunciou um esquema de suborno de vereadores para impedir que a Câmara Municipal investigue atividades do prefeito Barbosa Neto (PDT) suspeitas de ilegalidade. É o MENSALON, como já escrevi aqui.
Em Londrina, serão indiciados pelo MP por corrupção ativa cinco pessoas, que já estão presas, entre elas um vereador, um amigo de Barbosa Neto e um ex-secretário municipal, que havia se desincompatibilizado do cargo recentemente para cuidar da campanha de releeição do prefeito. Na cidade, o Ministério Público flagrou a tentativa de suborno de um vereador para que ele votasse contra a instalação de uma Comissão Processante que pode levar à cassação do prefeito.
A pronta ação do Ministério Público Paranaense pode desmontar a planejada construção do mensalão de Londrina, o MENSALON. Mas um perigo maior ameaça os nossos municípios se os mensaleiros federais forem inocentados pelo STF: essa impunidade pode acenar aos prefeitos brasileiros que está liberada a compra de votos em todo o território nacional.
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POR José Pires
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Imagem: O logotipo do MENSALON, o esquema de subornos de Londrina, numa versão vermelha para simbolizar o exemplo que veio de cima
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