Os
petistas tentarão amenizar as perdas eleitorais que sofreram em todo o
país e para isso vão usar a vasta rede de que dispõem na internet, mas
as derrotas do partido têm um grave peso simbólico que deve afetar a
imagem que eles vêm tentando impor até agora. O partido perdeu em locais
onde foi forte o dedaço dos caciques chefiados pelo ex-presidente Lula.
O que aconteceu nestas eleições de primeiro turno já exercem um peso
definitivo na quebra de um mito no qual os petistas se escoram até
agora: o mito da figura do ex-presidente Lula como influência decisiva
junto ao eleitorado.
Em
lugares onde Lula meteu seu dedaço inclusive passando por cima de
lideranças políticas essenciais na formação do PT o resultado foi um
fiasco. E é claro que em cada lugar que as pesquisas deram o prenúncio
do desastre que viria nas urnas Lula se comportou como sempre,
abandonado ligeiro os companheiros. Foi o que fez com Humberto Costa, em
Recife. O senador petista virou candidato do partido por imposição de
uma birra de Lula, que expulsou da disputa o atual prefeito recifense
petista. E o PT perdeu no primeiro turno.
O
chefão do PT teve a mesma atitude com seu amigo Patrus Ananias,
abandonado logo que começou a cair nas pesquisas e que acabou sofrendo
derrota acachapante na disputa da prefeitura de Belo Horizonte.
Na
própria São Paulo, onde Lula fez acordo até com Paulo Maluf e chutou a
candidata natural Marta Suplicy para colocar Fernando Haddad em seu
lugar, a batalha contra José Serra vai ser dura. Mesmo usando a máquina
do Governo Federal para rearrumar a seu gosto o quadro eleitoral
paulistano e comandando uma das mais caras campanhas municipais da nossa
história política, o petista viu seu candidato ir para o segundo turno
atrás do tucano. E agora na capital paulista, numa mera eleição
municipal, Lula corre o risco de perder de vez todo seu cacife de líder
político que chega e resolve tudo.
Mas neste domingo Lula e seus companheiros tiveram pelo menos uma boa notícia: na Venezuela o PT ganhou a eleição.
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POR José Pires
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