domingo, 26 de janeiro de 2014

Espontaneidade fajuta

É um engano achar que hoje no Brasil está brotando um sentimento espontâneo de participação política entre os jovens, que recomeçam a sair às ruas em manifestações de protesto. Esses movimentos são maquinados por grupos organizados e nem são os jovens que estão por detrás dos planos. As ações têm como origem partidos de extrema-esquerda como o PSTU e também um outro tipo muito estranho de partido, que é legalizado mas segue uma condução política que parece de partido clandestino. É um contrassenso numa democracia, mas seus militantes não se identificam quando atuam em sindicatos, nas universidades e também nas manifestações de rua. Depois de tramar as manifestações basta divulgá-las na internet. Alguns jovens fazem isso dentro do processo natural das redes sociais e com isso servem de massa de manobra, mas o movimento é estimulado de fato por militantes partidários.

Teremos manifestações até o final deste ano, em que além da eleição para os mais importantes cargos da República haverá uma Copa do Mundo que vai atrair a atenção do mundo para o Brasil. Já está montado um longo planejamento de protestos de rua e o PSTU até divulga isso em seu site. É uma forma de mostrar serviço que até vem a calhar para um partido que não tem realização alguma para mostrar. É um partido onde se juntam vagabundos sociais de todo tipo. De estudante que não gosta de estudar, passando por jornalistas que não querem se aprimorar profissionalmente e nem pegar no pesado, até professores que servem exclusivamente ao interesse do partido em vez de dar aulas de forma honesta, serviço para o qual são pagos. Em defesa de movimentos intransigentes eles se apresentam não com o nome do partido, mas como professor da USP, UNb, UEL, UEM ou de qualquer outra instituição onde se abrigam sem que lhes seja cobrada responsabilidade com o cargo.

O PSTU atua de forma perigosa e também com cinismo. Na sua linguagem anacrônica para um país com uma democracia tão tolerante que suporta até suas badernas, para o PSTU todos os outros partidos são "partidos burgueses". A retórica é de "revolucionários", mas na prática eles não se avexam de participar da "ordem burguesa" embolsando o fundo partidário repassado pelo TSE a todos os partidos. Deste "capital burguês" eles não abrem mão. E é claro que o repasse vem do bolso da população. Dessa forma, temos no Brasil esta impressionante facilidade financeira. Partidos que recebem dinheiro do Estado para organizarem suas lutas com o objetivo de destruição do Estado. Além de torrar a paciência dos brasileiros com manifestações que servem apenas ao interesse deles de botar fogo na política brasileira.
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Por José Pires


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Imagem - Retirado do site do PSTU, o logotipo das manifestações que vão surgir "espontaneamente" até a Copa do Mundo.

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