terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

Por detrás da baderna

Todo mundo sabe que o Psol tem uma influência danada na baderna política que tem assolado o país, mas o que apareceu agora complica bastante pro partido. Ontem foi denunciado que o homem que acendeu o morteiro que feriu gravemente o cinegrafista Santiago Andrade, da TV Bandeirantes, é ligado ao deputado estadual Marcelo Freixo, líder nacional do Psol. Quem afirmou isso foi Jonas Tadeu, advogado de Fábio Raposo, o rapaz que passou o morteiro durante a manifestação e que está preso. É claro que o deputado já negou tudo.


A história teve início a partir de um telefonema feito por uma militante do Psol ao estagiário do advogado. A militante se identificou pelo apelido de Sininho e ofereceu ajuda jurídica. O estagiário então passou o celular para o advogado, para quem Sininho teria dito que a pessoa que acendeu o rojão que feriu o cinegrafista seria ligada ao deputado Freixo. Toda esta história foi registrada pelo advogado na polícia em um “Termo de Declaração”, que oficializa a denúncia.


A única informação com base apenas na palavra do advogado é a ligação política com o deputado da pessoa que acendeu o morteiro. Sininho é a militante Elisa Quadros, que confirmou a conversa telefônica, apesar de desmentir que tenha citado o nome do deputado do Psol. Sininho também apareceu na frente da delegacia para uma manifestação de protesto pela prisão de Raposo, conforme havia dito no telefonema ao estagiário. Na manifestação, Sininho chamou jornalistas de "carniceiros". Teve também uma briga, depois que um ativista disse aos jornalistas a frase: "Tomara que os próximos sejam vocês”.


Parece ser o caso de pensar onde é que este pessoal está com a cabeça para se meter numa encrencas dessas. Mas é claro que a sensatez não tem espaço na cabeça de fanatizados por ideologias toscas. Até agora o Psol vem atuando da forma mais cômoda na política brasileira. No debate político e nas eleições estão sempre no papel de acusadores, assumem propostas irrealistas e estimulam o confronto político. A agressividade é a mesma, seja numa grande capital ou numa cidade interiorana. Para eles, o conceito marxista de luta de classes serve do mesmo modo numa multinacional ou numa pequena loja onde o dono trabalha mais que os empregados. Não há dúvida alguma de que a radicalização dos protestos de rua nasceu em grande parte da atuação deste partido. E também é óbvio que com este barulho pretendem radicalizar a política como um todo.


O Psol nunca aparece em circunstância alguma para contribuir para um entendimento democrático. O partido instiga o conflito entre alunos e professores nas universidades. Ataca o empresariado. Faz qualquer coisa para acirrar divergências e lucrar com isso. Seu negócio é atrapalhar de qualquer forma o debate democrático e a busca de soluções realistas. Sua pauta é faturar com causas impossíveis, sempre na posição cômoda de não ter de consertar depois o estrago político e social provocado pela irresponsabilidade. Com este discurso, este partido fanatiza uns gatos-pingados que fazem um barulho danado, abrindo a possibilidade de desastres como este que apareceu agora.
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Por José Pires


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Imagem - O morteiro acendido por um black bloc atinge o cinegrafista da TV Bandeirantes. Nesta segunda-feira ele teve morte cerebral.

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