segunda-feira, 26 de maio de 2014

Um partido de arrepiar os cabelos

Já disse várias vezes que o PT já aprontou tanto que, vindo deste partido, nada mais surpreende. Mas como os companheiros se esmeram em nos pregar susto. Essa história do deputado petista flagrado pela polícia numa reunião com membros da facção criminosa PCC é das mais cabeludas. Segundo a polícia civil de São Paulo, em março o deputado estadual Luiz Moura participou de uma reunião em que estavam ao menos 13 membros do PCC. Como todo mundo sabe, é em São Paulo que, de forma providencial, costumam acontecer ataques criminosos do PCC em época de eleição. É o que ocorreu nessa greve recente de motoristas e cobradores de ônibus. Foi com a investigação à série de atentados a ônibus que a polícia chegou ao deputado petista.

Até aí o assunto já é de arrepiar os cabelos, mas sendo com o PT a emoção não acaba. O deputado petista Moura já havia sido condenado anteriormente por assaltos à mão armada. Ele foi preso no início dos anos 90 e pegou 12 anos de cadeia, mas não cumpriu a pena. Fugiu depois de um ano e em 2005 já estava reabilitado. Coisas do Brasil. E para demonstrar que por aqui não é preciso mesmo medo de ser feliz, entrou no PT e se elegeu deputado em 2010.

Pelo visto era candidato preferencial de Jilmar Tatto, secretário municipal de Transportes de São Paulo e chefe de uma ala poderosa do PT paulista. É amigo de Lula, José Dirceu e demais maiorais petistas. Com a revelação do encontro de Moura com os integrantes do PCC Tatto procurou se livrar de qualquer ligação com o deputado. O secretário de Haddad dizia que sua relação com Moura era apenas “institucional”, da mesma forma que ele tem com outros deputados. No entanto, a Folha de S. Paulo logo descobriu que Tatto foi um grande doador da campanha de Moura. Ele doou R$ 201 mil, que dá 29% do total arrecadado. Ninguém dá tanto dinheiro assim a um político sem que haja algum compromisso.

Outra descoberta impressionante foi a do crescimento do patrimônio do petista flagrado com o PCC. Para obter o perdão judicial, em 2005 Moura assinou um atestado de pobreza. Já em 2010, ano da eleição para deputado, sua declaração de bens apontava um patrimônio de mais de R$ 5 milhões de reais. Só de cotas de sócio na empresa Happy Hour o petista tinha R$ 4 milhões. É ou não é um partido do espanto? E ainda tem gente que busca desmerecer esta impressionante capacidade, dizendo que o PT é igual aos outros partidos.
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Por José Pires

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Imagem- De 2005 a 2010, um crescimento vertiginoso do protagonista do mais recente escândalo petista.

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