Os petistas vivem reclamando da imprensa, mas ô partido danado pra dar boas manchetes que é esse PT. Hoje a Polícia Federal prendeu João Vaccari Neto, o que já era previsível levando em conta as denúncias que apareceram contra ele há alguns dias, inclusive com a acusação do recebimento de propina na porta da sede nacional do PT, em São Paulo. O partido do Lula inventou a "Propina-Delivery", como eu já disse aqui. Mas a boa manchete que a imprensa recebeu de graça foi a da prisão do tesoureiro do PT. Se o partido agisse com sensatez, a notícia seria no máximo de um "ex-tesoureiro" petista indo em cana, o que pra eles é até uma normalidade, mas de qualquer forma amenizaria o estrago. No entanto, a teimosia em manter Vaccari no cargo deu um destaque maior ao escândalo, que também atinge com mais força o governo Dilma.
Alguns podem até dizer que a manutenção de Vaccari no cargo seria uma demonstração dos colegas na sua inocência, mas isso é lorota. O PT não pensa duas vezes em chutar quem atrapalha os interesses de sua cúpula, uma deslealdade que aliás é muito comum em Lula. O caminho petista até o poder e mesmo depois dele é coalhado de petistas abandonados na estrada. Alguns até baleados, como foi o caso do ex-prefeito Celso Daniel, mas isso é outra história. E além disso, num caso como o do Vaccari a defesa da instituição partidária vem antes. Mesmo se fosse o mais santo dos homens ele teria de sair do cargo e até poderia voltar depois, caso fosse comprovada sua inocência.
Mas estamos falando em teoria, é claro. E teoria relacionada à gente séria. Nada a ver com políticos que parecem ter mais a ver com o comportamento de máfia do que com as regras de uma democracia. O PT está vivendo uma situação parecida a de um bando mafioso em fim de carreira. Neste caso, o que conta é o código interno da quadrilha e não só aquele de nunca revelar nada à polícia. O partido do Lula está tão a perigo que atualmente tem que fazer a maior média exatamente para que ninguém fale nada, pois o clima é o de salve-se quem puder. Daí a necessidade de ficar até o final com companheiros encrencados, mesmo que a presença seja muito incômoda. Um partido assim tem que acabar do jeito que está: seu tesoureiro agora despacha da prisão.
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POR José Pires
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