terça-feira, 18 de abril de 2017

Furdunço petista

Sob as ordens de Lula, movimentos organizados e antes mantidos em torno da estrutura de poder do PT, que caiu com o impeachment de Dilma Rousseff, pretendem fazer um furdunço em Curitiba, durante o interrogatório de Lula pelo juiz Sergio Moro. A bagunça é organizada pela Frente Brasil Popular, órgão de cúpula criado ainda no governo Dilma, que inclusive usou prédios públicos de Brasília para reuniões com a ainda presidente da República, organizando manifestações contra o impeachment. O desfecho que todo mundo conhece demonstra a ridícula eficiência dos companheiros.

Os grupos que estarão na capital do Paraná vão da Central Única dos Trabalhadores (CUT) à Nação Hip Hop, passando pelo Movimento dos Sem Terra (MST) e demais agregados, como UNE, MTST e outros. Os três primeiros puxarão as manifestações, segundo reportagem da Folha de S. Paulo. Duas dessas instituições na liderança são bem conhecidas dos brasileiros, na subserviência que sempre tiveram ao projeto de poder do PT. São linhas auxiliares de um projeto fracassado e estão sob o comando de hipócritas que apoiaram o ciclo de quatro governos consecutivos do PT, nesses tristes 13 anos, de resultado fatal exatamente para trabalhadores da cidade e do campo que a CUT e o MST teriam a obrigação de representar.

Vivemos um desemprego assustador, com as profissões praticamente destruídas no Brasil, vitimadas por uma péssima educação pública em todos os níveis e pela demolição econômica da indústria e do comércio. A tragédia é resultado dos governos de Lula e Dilma. No campo, a reforma agrária não teve avanço significativo nesses 13 anos e o apoio governamental a pequenos e médios proprietários rurais está numa precariedade que já mostra sinais na qualidade deficiente do abastecimento em feiras e mercados e nos altos preços do que é produzido no campo. Nada se fez também contra o terror imposto por criminosos a lideranças rurais, mantendo-se durante todo o período de poder petista a impunidade que acoberta a violência.

Com tantos problemas que afligem os brasileiros, que não são de hoje, chega a ser desrespeitoso o MST e a CUT movimentando suas máquinas em defesa de um sujeito envolvido no maior esquema de corrupção que já houve neste país. Uma variedade de questões econômicas e sociais que se agravaram durante os últimos anos guardam uma relação estreita com suas obrigações e por isso exigiriam também há bastante tempo ações que nunca vieram. E agora, o que se vê é esse desrespeito. Duas entidades de classe servindo como defesa de um populista autocrata metido em negociatas. E o pior é que fazem esse papelão usando dinheiro público, com a sustentação de suas estruturas bancadas com verbas federais e com dinheiro do salário dos trabalhadores, como ocorre com a CUT, por meio da contribuição obrigatória. Mas, felizmente, tudo indica que essa mamata também vai acabar. Aliás, essa manifestação em Curitiba pode ser a derradeira farra, simbolizando o final do uso arbitrário e ideológico por sindicatos pelegos do suado ganho dos trabalhadores brasileiros.
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POR José Pires

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