quarta-feira, 10 de maio de 2017

Os criminosos em série da política brasileira

O juiz Sergio Moro voltou a pedir aos apoiadores da Operação Lava Jato para não irem às ruas em Curitiba no dia do depoimento do ex-presidente Lula, nesta quarta-feira. Foi durante a abertura de um evento do Observatório Social do Brasil na capital paranaense que ele voltou ao assunto. Como todos sabem, Moro já havia postado um vídeo com este mesmo pedido. No vídeo, ele situou finalmente o depoimento do chefão petista em seu devido contexto. Será “um ato normal do processo”.

Lula e o PT é que desejam fazer desse dia uma data sensacional, daí o tremendo esforço, no qual eles vêm contando com a ajuda de boa parte da imprensa, seja por desatenção aos riscos ou pela concordância de jornalistas parciais. Os xiliques e bravatas de Lula recebem cobertura imediata, com grande excitação. A revista Veja até deu capa nesta semana em estilo de cartaz anunciando luta com marmelada. Só faltou chamar Lula e Moro de “reis do ringue”.

Na fala desta segunda-feira, em que reiterou o pedido para evitar as provocativas manifestações anunciadas em tom de ameaça pelas lideranças sindicalistas e políticas em torno de Lula, Moro falou também de uma causa importante do crescimento da corrupção: a falta de rigor. Tem a ver com essa falta de rigor, já bastante antiga, como o sem vergonha do Lula. Moro apontou novamente o “caráter serial” dos crimes investigados pela Lava Jato. E ele tem toda a razão. Estamos lidando com “serial killers” do dinheiro público. E neste caso, disse ele também com toda a razão, a prática não pode ser debelada “se não se age com vigor”.

O esquema de proteção ao Lula pretende fazer em Curitiba aquele furdunço costumeiro da esquerda. É bobagem a conversa deles de que levarão multidões à capital paranaense. Uma coisa é o chamariz de algum protesto em defesa de direitos dos trabalhadores. Outra bem diferente é pedir um abraço no Lula. Mas o que eles pretendem não carece de muito público. Basta a militância profissional. Técnicas antigas permitem fazer bagunças bastante chamativas com pouca gente.

Fazer alarde e conquistar manchetes com alguns gatos pingados é lição muito bem marcada na cartilha de uma das organizações políticas do ato em Curitiba, o MST ou “exército do Stédile”, conforme entregou Lula, num de seus lapsos. Umas poucas barracas de lona bastam para eles darem a impressão de uma força que, de fato, nada tem de relativa com seu devido peso político. Esse tipo de ilusão também é sopa para os sindicalistas profissionais que estarão lá. Ainda mais agora, com a CUT desesperada com o risco do fim da mamata da contribuição sindical obrigatória.

Não devem faltar também bloqueios de estradas e os pneus em chamas que tomaram o lugar do já esquecido “Lulinha paz e amor”. O clima de conflagração pode servir como pauta para jornalistas estrangeiros. O objetivo é criar não só internamente uma imagem intimidadora da força da esquerda, como também criar internacionalmente a crença de que o povo brasileiro está ao lado de Lula.

É uma estratégia de canalhas irresponsáveis, que não respeitam nem a integridade física da população. Para esse tipo de político até conflitos de rua viriam bem. E não é de se duvidar que para isso já existam táticas combinadas. Daí a oportuna intervenção do juiz Sergio Moro, acalmando os ânimos para que ninguém, de boa fé, ofereça ingenuamente pretexto que contribua com o lamentável plano de incendiar toda uma cidade para favorecer um autocrata metido no maior esquema de corrupção que já houve em nosso país, o pior “serial killer” do dinheiro público que já apareceu na política brasileira.
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POR José Pires

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