As eleições presidenciais no Brasil nunca foram grande coisa nas opções para a escolha do eleitor, mas antigamente ao menos as pessoas podiam manter a ilusão na probabilidade de que as coisas teriam andado melhor se determinado candidato não tivesse sido derrotado. É um consolo besta, mas servia para amenizar a decepção. Pois essa última eleição, que deu em Dilma Rousseff e no desastre que aí está, acabou com a ilusão sobre a provável vantagem com a vitória de outro.
Ninguém se encaixa neste raciocínio compensador. Dilma e o PT foram um desastre tão grande e o projeto de poder deles era tão perigoso que seria confortável dizer que com a vitória de Aécio o Brasil não se complicaria. Pode até ser que na economia alguma coisa ficasse mais equilibrada, mas pelo que vimos depois nas revelações do comportamento do senador mineiro, no que é realmente necessário para que o Brasil encontrasse um caminho, a eleição do tucano não daria ao país um bom condutor.
A mesma coisa pode-se dizer até de Marina Silva, vice de Eduardo Campos que assumiu o posto com a morte do candidato e quase foi para o segundo turno. Dá para ver que nem na oposição Marina é propositiva, como ela gostava de dizer em campanha, o que pode dar uma ideia da sua dificuldade se precisasse de fato pegar o problema para resolver. Pois é, a eleição de 2014 não deu chance nem do brasileiro acreditar que poderia ter acertado votando de outro jeito. E agora a coisa piorou, com as novas revelações que vão aparecendo sobre as tretas de Eduardo Campos com o jatinho em que ele morreu. Que eleição danada. Não dá pra ter saudade nem do morto.
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POR José Pires
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