sexta-feira, 21 de julho de 2017

Lula e Gleisi Hoffmann, uma parceria do barulho

A desorientação política no PT pode ser percebida pelas personagens que hoje em dia no partido de Lula são referências, digamos assim, gritantes, do discurso político petista. Nota-se o sumiço de figuras de perfil mais pragmático e por isso com mais credibilidade não só para o diálogo necessário na desastrosa situação em que o PT chegou, como também para ocupar na mídia e nas redes sociais espaços mais amplos de comunicação com a sociedade.

Em volta de Lula atualmente só tem ruído, do qual é impossível extrair os resultados que a sigla precisa desesperadamente para ao menos amenizar o estrago político que sofreu. Seria preciso encontrar um equilíbrio entre a solidariedade partidária a Lula e no que isso implica para a imagem partidária. Mas quem é que dentro do PT poderia pendurar o guizo no gato ladrão? Vá lá, todo mundo sabe dessa dificuldade, criada pela inter-relação histórica entre líder e partido, na qual gradativamente um foi diminuindo em relação ao outro, por consequência direta das encrencas do próprio Lula, cujo comportamento foi contaminando a imagem do partido.

Claro que o processo virou algo como o “efeito Tostines”, dificultando de se saber com exatidão o que é que mais atrapalha um ao outro, se é o Lula ou o PT. Porém, fica difícil que Lula mude de partido, não é mesmo? Então, nesta condição complicada, dirigentes políticos de maior inteligência e habilidade não teriam deixado Lula dominar de tal jeito a máquina partidária, com poder absoluto até em nomeações para cargos essenciais na retomada de vigor eleitoral, como aconteceu na eleição da Gleisi Hoffmann para presidente, novamente feita por ele no “dedaço”. Já é de um tremendo peso negativo no currículo de Lula a eleição de “postes”, mas desta vez ele se superou, colaborando para o agravamento de sua própria desgraça. E o chefão petista nem tem como justificar a vacilada: já faz bastante tempo que a senadora vem apresentando curto-circuito.
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POR José Pires

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