Esquenta o bate-boca entre o presidente dos EUA, Donald Trump, e o ditador norte-coreano, Kim Jong Un. Trump disse que vai responder às ameaças "com fogo e fúria jamais vistos pelo mundo". A ameaça de confronto é tragicômica. De ambos os lados, dois líderes grotescos e muito perigosos, apesar da maior responsabilidade dos americanos, por terem colocado no comando da nação mais poderosa do planeta um homem que numa situação dessas se comporta igual vilão de filme classe B, inclusive com falas que parecem saídas da cabeça de um roteirista ligadíssimo em clichês. A Coréia do Norte é um pobre país, cujo povo vive num grau de ignorância, fanatismo e opressão que nunca deu chance alguma deles se livrarem por contra própria do ditador comunista. Mas os Estados Unidos estão numa situação bem diferente, com todas as condições para seu povo não ter feito a besteira de eleger um cretino de um nível parecido ao de Kim Jong Un.
Tem muita gente garantindo que o quiproquó não vai dar em nada mais sério e que se resolverá numa mesa de negociação, mas nunca se sabe o que esses dois doidos podem aprontar. E até agora ainda não experimentamos um apocalipse, não é mesmo? Então ninguém sabe de fato como começa. De modo que não dá para garantir com toda segurança que isso não vai acabar muito mal, com o risco inclusive da presença da poderosa China logo ali do lado. Para essa encrenca ficar séria, basta uma perda de controle de poucos minutos ou mesmo um gesto ensandecido, porém premeditado, de qualquer lado. Como já disse Shakespeare, é uma loucura com método. E já pensaram se ocorre um conflito nuclear? Bem, não deixaria de ser um final apropriado à condição a que chegou a humanidade por conta de péssimos líderes, entre os quais agora se destacam esses dois. Só faltava explodir tudo por causa de Trump e Kim Jong Un. O mundo iria acabar como uma piada de mau gosto.
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POR José Pires
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