segunda-feira, 14 de agosto de 2017

Forças Armadas em baixa, insegurança na alta

A notícia desta segunda-feira sobre o colapso das Forças Armadas revela uma causa importante do crime estar imperando no Brasil. Nos últimos cinco anos o orçamento militar teve um corte de 44,5%, sem contar os gastos obrigatórios com alimentação, salários e saúde dos militares. Neste ano já houve um corte de 40% e segundo o comando das Forças o recurso só é suficiente para cobrir os gastos até setembro.

No Exército, o aperto financeiro causou a perda de capacidade operacional da Diretoria de Fiscalização de Produtos Controlados (DFPC) do Exército, prejudicando o apoio deste órgão ao sistema de segurança pública. Uma atuação é no impedimento do acesso por facções criminosas a dinamites, explosivo usado para roubo de bancos e caixas eletrônicos.

O miserê já afetou a vigilância de fronteira, que é por onde entram drogas e armamento ilegal para os criminosos. Nunca foi muito bom o controle de enormes faixas que nos ligam inclusive a países produtores de drogas. Com os cortes certamente essa deficiência aumentou. A falta de dinheiro prejudica também os pelotões do Exército na Amazônia, obrigando à diminuição da fiscalização dos rios da região e na costa brasileira.

Com esta entrada de semana bem brasileira fica muito claro porque aumenta tanto a insegurança, com o crime tomando conta de todo o país. Esses cinco anos de aperto de cinto coincidem exatamente ao período de maior crescimento das facções criminosas, que já estão com vastos territórios sob seu domínio em cidades brasileiras, onde exercem o poder da forma que querem. Com a política de cortes que veio do governo do PT não podia dar noutra coisa. Nossas Forças Armadas ficaram na miséria enquanto os criminosos estão cada vez mais capitalizados. O investimento no crime é maior do que o apoio financeiro a uma instituição essencial para a segurança.
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POR José Pires

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