O PSDB apareceu com uma proposta de um movimento de candidatos do chamado “centro democrático”. O objetivo da união é o de combater Fernando Haddad e Jair Bolsonaro, que são “ameaças à democracia”. A proposta vem de tucano graúdo e as aspas são para a fala dele, Marcus Pestana, secretário-geral do PSDB.
A intenção é de unir Geraldo Alckmin, Marina Silva, João Amoêdo, Alvaro Dias e Henrique Meirelles, mas tem lugar também para Ciro Gomes, com a ressalva, feita por Pestana, que o candidato do PDT é bem-vindo se “não fizer questão de se excluir e se inviabilizar”. É uma forma pouco diplomática de fazer um convite, mas o que chama mesmo a atenção é a lista de centristas feita pelo tucano. Marina de centro? E o Ciro também? O cabra esquentado poderia responder por ele e pela colega no ministério do governo Lula, naquele seu estilo tão fino: “Nem a pau, Juvenal!”.
Poucas vezes eu vi uma proposta tão fora de propósito, até de uma certa idiotice. Numa situação ainda muito nebulosa, com a maioria dos eleitores pesando com bastante preocupação a responsabilidade de seu voto, o próprio secretário do PSDB vem com uma ideia que é como jogar a toalha, confessando que o candidato de seu partido, Geraldo Alckmin, não tem vigor para esta disputa.
O cara é um gênio de marketing. Para os adversários, claro. É como se Haddad e Bolsonaro já estivessem no segundo turno. Mas não deixa de ser uma proposta autenticamente de tucano. Pela falta de determinação, a covardia política e a vacilação até na definição de parceiros. Se o Haddad não estivesse bem nas pesquisas era capaz do secretário-geral tucano querer acolher até ele como parceiro de centro.
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POR José Pires
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