quarta-feira, 17 de outubro de 2018

A combativa vida de ativista de rede social

As redes sociais são ótimas para levantar a auto-estima. Em que outro lugar você pode ser antifascista sem ter que enfrentar na mão um grupo de fascistas? Sai pra lá, seu fascista! Vai encarar? Mais que isso, não existe nenhum outro lugar onde seja possível se solidarizar com miseráveis de todo tipo sem ter que conviver com nenhum deles, ouvir diretamente suas queixas e nem pisar nos lugares onde eles padecem. É muito prático ser um São Francisco digital. E bem mais limpo.

É o milagre dos perfis combativos, que multiplica sua valentia por mil, abre seu coração para toda a humanidade, torna você um ativista com um toque de mouse. Eu já vi de tudo passar pela minha frente. Sou do tempo dos "guarani-kaiowá" Não sei alguém ainda lembra, mas já foi uma tribo que tomava as redes sociais. Parece que foram extintos. Ainda vejo de vez em quando alguns desgarrados por aí.

Ultimamente tem aparecido muita coisa surpreendente, mas me parece que o imbatível é o "Se fere minha existência, eu serei resistência". Tenho orgulho dessa gente. E inveja pelo dinheirão que eles devem economizar de analista com uma frase dessas no perfil. Pessoal porreta. E evidentemente do bem.

Agora com a ferrenha luta desse segundo turno, muita coisa interessante vem aparecendo. Frases, logotipos, estou de olho em tudo. É a sociologia das frases feitas e dos logotipos bravateiros. Tem os que valem por uma tese. Mas alguns são uma interrogação. Nesta semana topei com uns perfis com a frase "Antipetistas contra Bolsonaro". Estou até agora tentando descobrir o objetivo desses abnegados. Será que vão votar na Marina neste segundo turno?
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POR José Pires

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