sábado, 13 de outubro de 2018

Amigos, amigos, política como parte

Não tenha preocupação de perder amigos nesta eleição. Quem for embora certamente não era tão próximo assim. Ou é uma daquelas figuras cuja ausência preenche uma lacuna. Ora, seus amigos inteligentes, aqueles com os quais é divertido e esclarecedor bater longos papos e às vezes até quebrar o pau por causa de algum assunto, esses vão compreender suas brincadeiras com um ou outro candidato, já conhecem seu temperamento e também terão o bom senso de entender sua opção neste segundo turno e refrescar a cabeça para desenvolver a discussão depois da votação, pois os papos sobre política tendem a esquentar nos próximos quatro anos, independente de quem ganhar.

Se alguma amizade for se quebrar de modo irreversível, será com alguém muito fanático por um dos lados dessa disputa, uma pessoa que não abre mão de defender seu candidato, com um espírito militante e partidário que não admite críticas e brincadeiras, sem a capacidade de compreender que divergências podem inclusive ser muito boas para uma amizade não cair na mesmice.

Enfim, se alguma amizade se desfizer, provavelmente quem tem uma mente fechada é que se afastará definitivamente de você. Podem existir, é claro, certos abalos provocados pela conturbação terrível que todos estamos vivendo. Neste caso, para pessoas de boa vontade não faltará ocasião para desfazer os mal entendidos criados por este período azucrinador de almas, mentes e corações. No entanto, certas pessoas podem mesmo romper a amizade para sempre. Bem, então você terá um fanático a menos nas suas relações. Sorte sua.
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POR José Pires

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