Na verdade, não tem importância alguma qual é a marca da caneta de um presidente da República, mas o que ela assina. Jair Bolsonaro poderia usar sua caneta esferográfica, por exemplo, para despachar uma ordem revogando a nomeação do ex-ministro Carlos Marun para o conselho de administração da Itaipu Binacional. Aliado de Michel Temer e membro influente de seu governo, Marun foi nomeado pelo então presidente no último dia do mandato presidencial. Receberá R$ 27 mil mensais para participar de uma reunião a cada dois meses.
Bolsonaro deixou de anular a nomeação do apaniguado de Temer, acabando por avalizar o clientelismo do governo anterior e dando um sinal de que haverá continuidade dessa forma de fazer política. Na hora em que era preciso usar a caneta para demonstrar uma mudança de comportamento político, não fez diferença alguma se a falta de coragem e vergonha foi de um presidente com uma esferográfica ou algum outro modelo mais caro na mão.
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POR José Pires
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