Jair Bolsonaro teve que evitar uma viagem a Nova York para receber um prêmio e foi para Dallas, no Texas, onde foi obrigado a arrumar um encontro às pressas com o ex-presidente George W. Bush, que até agora deve estar em dúvida quem é o cara que apareceu para visitá-lo sem ser convidado. O encontro durou apenas dez minutos.
Já o cacique Raoni viajou para a Europa, onde com três outros líderes da Amazônia — Kailu, Bemoro Metuktire e Tapy Yawalapiti — realizam uma turnê até o final deste mês. Levam aos europeus um alerta para salvar a reserva do Xingu, em sua biodiversidade. Raoni disse que a reserva vem sofrendo a invasão de traficantes de madeira e de animais, garimpeiros e caçadores.
Nesta quinta-feira, Raoni e seus companheiros foram recebidos no Palácio do Eliseu pelo presidente Emmanuel Macron. A reunião durou 45 minutos e Macron, que mesmo o mais desinformado bolsonarista deve saber que é um político liberal, anunciou que a França vai sediar uma cúpula internacional de povos indígenas do mundo inteiro, no início de 2020.
Não é o caso de confrontar histórias pessoais. No futuro, o grande Raoni será lembrado com respeito, quando Bolsonaro será apenas uma nódoa na memória brasileira. No entanto, fica evidente o prestígio político de quem leva aos outros questões substanciais e muito sérias, com preocupações que fazem sentido ao conjunto dos seres humanos.
Com o planeta Terra em alto grau de risco, a preservação do meio ambiente não é mais uma pauta alternativa, muito menos de exclusividade da esquerda. No Brasil, só esta direita tacanha que se alinha com os mais gananciosos empresários e produtores rurais é que procura sustentar uma discussão vazia acerca dos perigos que pairam sobre a humanidade.
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POR José Pires
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