O próprio Lula bebia além da conta, pelo menos antes do retiro forçado em Curitiba. Francamente, não vejo problema nisso, a não ser que haja excesso e quando o sujeito procura esconder, como era o caso do chefão petista, que teve até que ser impedido pelo STF de expulsar um jornalista estrangeiro que escreveu sobre seu hábito etílico. E em muitas ocasiões públicas era evidente o abuso da branquinha.
Mas o problema de Weintraub pode ser mesmo de personalidade. E personalidade incorrigível, porque é evidente que ele pensa que suas atitudes idiotas são um diferencial de imagem que pode reforçar politicamente sua atividade e ajudar o governo. Desde o início desse governo os brasileiros esperam que se dê no mínimo uma ordem básica no Ministério da Educação, pois Bolsonaro arrumou um sujeito que parece que pensa que lacração nas redes sociais é política pública.
O ministro correu para o Twitter nesta quinta-feira para dar um pitaco sobre a prisão do militar da Aeronáutica, flagrado pela polícia na Espanha com uma maleta cheia de cocaína. A tuitada de Weintraub: “No passado, o avião presidencial já transportou drogas em maior quantidade. Alguém sabe o peso do Lula ou da Dilma?”.
Bem, o que se sabe mesmo é que Bolsonaro não conseguiu montar um governo com quadros qualificados, mas Weintraub extrapola o limite desta baixa qualidade. Essa tuitada irresponsável demonstra seu despreparo. Ele sequer compreende a gravidade dessa prisão, com a óbvia necessidade do governo administrar com todo cuidado este incidente para amenizar a repercussão mundial, além de evitar que o problema político cresça na proporção do desejo da oposição de esquerda.
Ora, um sujeito que não tem noção da complicação política dessa prisão de repercussão internacional não serve para ocupar um cargo de primeiro escalão e muito menos para estar no comando de um ministério. Parece que já passou da hora de Bolsonaro dar uma canetada para Weintraub dispor de mais tempo vago para tentar suas lacraçõezinhas nas redes sociais.
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POR José Pires
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