terça-feira, 10 de dezembro de 2019

Sergio Moro: imbatível no respeito dos brasileiros

Pesquisa do Datafolha mostra que Sergio Moro é o ministro mais bem avaliado do governo de Jair Bolsonaro, estando à frente do próprio presidente no gosto popular. Sua gestão é aprovada como ótima/boa por 53% dos entrevistados. Bolsonaro está com 32% de ótimo/bom. Mas a verdade é que para saber da popularidade do ministro da Justiça nem precisava o Datafolha trazer os números que o consagram. É visível a respeitabilidade de Moro, que como poucos neste governo, demonstrou grande capacidade de trabalho, atuando em uma pasta onde batem graves complicações nacionais e sendo alvo de ataques cerrados de seus inimigos do PT, que não o perdoam por ter condenado o corrupto Lula à prisão.

Para tentar derrubá-lo, os petistas apelaram até para a exploração de mensagens roubadas por hackers, mas o ministro agüentou firme, superando as jogadas sujas dos inimigos e mantendo um ritmo de trabalho que já vem mostrando resultados positivos na segurança pública.

Em um ano de governo, Moro mostrou que é capaz até de fazer política, quando isso é fundamental para levar seus planos de trabalho à frente. E tem feito isso sem comprometer sua independência, evitando também a criação de confusões que só trazem aborrecimentos, como é de hábito neste governo. Com habilidade que muita gente não esperava e até torcia para que ele não tivesse, contornou conflitos que estavam sendo criados com a classe política, usando de pragmatismo em articulações políticas para conseguir da Câmara os meios para alcançar, senão os objetivos completos da sua pasta, mas ao menos o suficiente para manter o andamento que até agora vem garantindo para ele o respeito da população.

E a popularidade de Moro tem a sustentação não só de suas realizações como também pelo que ele não consegue fazer, que neste caso fica sob a responsabilidade dos adversários, que levam a culpa pela dificuldade de fazer passar no Congresso Nacional leis mais rígidas contra o crime e até por decisões do STF interpretadas pela população como favoráveis à impunidade. Por estupidez, a esquerda brasileita travou-se na defesa do chefão corrupto do PT e acabou irremediavelmente marcada como defensora da impunidade e contrária ao uso do rigor com os criminosos.

Conforme vão batendo em Moro, sua imagem mais se fortalece, enquanto vai aumentando também a expectativa de que os problemas podem ser resolvidos se ele tiver mais poder político. Claro que esta é uma fórmula excelente para criar um candidato imbatível no futuro. É uma espécie de “efeito Tostines” às avessas e até meio engraçado, em que ele só não faz mais porque forças contrárias estão impedindo. Sabendo administrar esta percepção, o ministro vai longe.

Os bons números trazidos pelo Datafolha apenas reforçam sua evidente popularidade, apontando para uma influência poderosa nas próximas eleições municipais. No geral, os políticos e a imprensa especulam demais sobre seu papel na próxima eleição presidencial, quando na verdade será já no ano que, caso ele queira, poderá atuar de forma direta para conquistar o voto do eleitor.

A segurança pública será um tema dominante nas eleições municipais. Nas cidades brasileiras, vive-se hoje em dia um clima de desespero com a violência que toma conta de todo o país. Nesta condição, imaginem o peso que pode ter o apoio de uma prestigiada figura nacional, que simboliza como ninguém a luta contra a impunidade e o empenho para colocar criminoso na cadeia. É o que veremos no ano que vem, quando Moro poderá ser um grande definidor do voto dos brasileiros.
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POR José Pires


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Imagem; O ministro Sergio Moro, em foto de Marcelo Camargo, Agência Brasil

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